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segunda-feira, 9 de junho de 2008

CORAÇÃO ADOLESCENTE (X)

A MINHA FORÇA!


Ter amigos é viver,
É poder confiar, poder crer
Que a vida vale a pena,
Que somos alguém,
Que não precisamos de mais ninguém
Se não os nossos amigos,
Ou as pessoas com quem nos damos bem.

Os meus amigos são o meu tesouro,
Quem me dá força para continuar.
São eles que me fazem olhar o céu,
Que me fazem parar para o apreciar
E a toda a imensidão de coisas lindas
Que existem,
E que ainda subsistem
Neste deserto de emoções
Em que o mundo se está a tornar...

Mas, talvez (e só talvez)
Ainda haja esperança,
Talvez ainda se possa salvar,
Se cada um participar...

Arranjem um amigo...
sentir-se-ão muito melhor!
Eu, por mim, já fiz a minha parte ! xD


quarta-feira, 28 de maio de 2008

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (IX)

É nesta fase da vida que começamos a olhar para nós de uma maneira diferente. A cara, o corpo, temos de ver tudo perfeitinho, nem que seja um cabelo despenteado. É também nesta fase que escolhemos os nossos amigos verdadeiros e olhamos para os rapazes de maneira diferente.
A alimentação tem de ser mais cuidada e aumentam os cuidados higiénicos (ninguém quer cheirar mal!). Fumar ! Sim ou não? Isso depende das pessoas. Na minha opinião fumar não é solução. A mim só o cheiro dá-me vómitos. Já vi na farmácia uma imagem de uns pulmões de uma pessoa que fuma e, acreditem ou não, aquilo é horrendo!
Com a família há algumas dificuldades de compreensão. Muitas vezes acham que estamos a exagerar porque não queremos vestir a roupa que eles gostam e não nos deixam vestir ou comprar a roupa que gostamos, enfim, uma confusão.
Se pensarmos bem, podemos ver que estamos na melhor fase da vida, afinal estamos a crescer!


Catarina L., 12 anos


Quando entramos na fase da adolescência, começamos a sentir algumas diferenças como o crescimento acelerado do corpo e o nível de responsabilidade que aumenta. Nuns começa mais cedo, noutros mais tarde, mas é aos 12 anos que normalmente começam a acontecer essas mudanças.
Eu ainda não cheguei a essa fase mas estou atento às aulas de Ciências onde aprendo coisas sobre as mudanças do corpo à medida que ela acontece.
Tenho amigos já adolescentes e eles prometeram-me ajudar e explicar como me desenrascar e por isso não tenho medo do que me irá acontecer.
As mudanças físicas nas raparigas são o aumento do ventre, o alargar da bacia, o aumento dos peitos, etc... Nos rapazes aparece a barba, ganhamos músculos, ficamos com alguns pêlos no peito, etc...
Espero chegar depressa à adolescência. Até chegar a essa fase vou estar muito mais ansioso mas com um pouco de medo, o que é normal.



Tiago B., 11 anos


Eu vejo a adolescência como uma passagem na vida muito importante, tanto a nível físico como psicológico.
É uma fase em que damos muita importância à opinião dos outros, em que os nossos sentimentos são como um dia incerto em que uns dias estamos mais felizes e sorridentes com a vida, e outros em que estamos tristes e mal dispostos em que não queremos falar com ninguém sobre os acontecimentos da nossa vida.
Surgem, também, as nossas primeiras paixões e aumenta o turbilhão de sentimentos na nossa cabeça. Enfim, é bom ser adolescente!


Maria Inês, 12 anos


Eu acho que a adolescência é divertida porque ainda não temos tantas responsabilidades. Temos mais agilidade e sinto que o meu corpo começa a mudar e se assim não fosse continuaria pequeno.
O que eu não gosto muito é quando a minha mãe me manda ir ajudá-la mas sei que tem de ser assim porque as nossas mães “matam-se” a trabalhar para nos alimentarem, nos vestirem, educarem e outras coisas mais. E os nossos pais também, claro! Sem os nossos pais não conseguiríamos viver.
Na adolescência a escola é importante porque nos ensina a conviver com os amigos. É lá que eu passo a maior parte do tempo. Com os meus professores, os meus colegas. Mais do que com a minha própria família.

Ivo T., 12 anos

Para mim a adolescência é uma fase da nossa vida muito importante pois crescemos fisicamente e psicologicamente. Começamos a ter uma mentalidade diferente e preocupamo-nos mais com a nossa aparência e ligamos mais à opinião dos outros.
Mas estas mudanças variam muito de pessoa para pessoa. Numas, a adolescência acontece mais cedo. Noutras, um pouco mais tarde. Começamos a ficar mais responsáveis e maduros.
Mas também há algumas coisas más e há dias que são bonitos e outros que são uma lástima. Há dias em que nos aborrecemos e nos zangamos com os amigos... Às vezes ficamos inseguros, chateamo-nos com os amigos, com a família e ficamos como que perdidos e sós, mas acabamos por recuperar.
Mas, apesar de tudo, a adolescência até é uma fase bonita da vida.

Ana L., 11 anos

Eu acho que a adolescência vai ser uma fase muito marcante na minha vida. É nesta altura que ficamos uns homenzinhos e umas mulherzinhas, não só em termos físicos mas também psicológicos. Em termos físicos porque o nosso corpo desenvolve-se em muitos aspectos e, em termos psicológicos porque mudamos a maneira de pensar e olhamos mais para os rapazes ou vice-versa. Ficamos mais resmungões e preocupados com o nosso aspecto exterior.

Sara M., 11 anos

domingo, 11 de maio de 2008

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (VIII)

FAZES A DIFERENÇA





Talvez por te poder olhar nos olhos e sorrir,
sinto-me feliz.

Todos os dias o mesmo caminho, lento corrido, que me traz correndo pelo azulejo fora, até o alcatrão pisar, e no carro entrar. Meio acordado, meio adormecido, e lá vejo a tua mensagem que me traz o primeiro sorriso do dia. Sim, aquele típico "Bom dia!", vindo de ti tem outro sabor, e faz com que este dia valha a pena.
Saio do carro e com a sacola nas costas miro a escola da entrada, e preparo-me para começar a rotina. Lá a manhã vai passando, aula após aula, com uma ou outra mensagem tua a cada intervalo, até que as aulas terminam e caminho para casa.
Tenho uma tarde inteira para desfrutar, e era contigo que eu queria estar. Pronto, fica para depois, vou-me ficar com quem amo mais, e assim durar com um longo abraço e um cruzar do teu olhar.


sexta-feira, 9 de maio de 2008

ADOLESCÊNCIA... O "OLHAR" DOS PAIS! (III)

Todos os pais sofrem por antecipação com a aproximação da adolescência dos filhos devido a tudo o que nessa idade lhes pode fazer mal: tabaco, bebida, droga, más companhias…
Eu não fugi à regra e comecei a minha “cruzada” de mãe desde o dia em que nasceram. Dediquei-lhes todo o “tempo do mundo”, acompanhei-os sempre, valorizei-os, incentivei-os, nunca os deixei ficar mal, sempre os critiquei pela positiva e procurei ter sempre programas interessantes para os fazer gostar de nos acompanharem.
Fui exigente com eles como também sou comigo, seguindo os princípios com que também eu me pautei e ainda pauto:


Boa educação
Saber estar nas situações mais diversas
Ser persistente
Tarefa começada tem de ser acabada
Ser leal
Assumir e honrar os compromissos assumidos
Estudar, pois a educação académica é fundamental
Dar liberdade “vigiada e controlada” pelos pais.


A par de tudo isto passámos horas a conversar, a discutir sobre mil coisas, sem tabus mas com respeito porque não quero nem nunca quis “misturar” papéis:


Mãe é Mãe (deve ser amiga, compincha, companheira, mas é mãe).


Filho(a) é Filho(a), está em formação, deve ter na mãe (ou nos pais) o apoio incondicional, saber que estão SEMPRE lá, mas também devem ter amigos, gente da idade deles com quem conversar, trocar ideias, falar dos namorados, ter programas, levá-los a casa para que os pais os conheçam…


É um trabalho difícil e exige um alerta constante, mas valeu a pena.
Os meus filhos passaram uma adolescência calma, com alguma agitação, o que também é saudável, e transformaram-se em dois jovens adultos formados, bem formados, prontos para entrarem no mundo do trabalho.
Eu, como mãe, sinto-me orgulhosa deles mas sei que, e ainda bem, continuarei a estar 100% disponível para eles, porque mãe é-o para toda a vida.



Conceição Coelho

quinta-feira, 8 de maio de 2008

ADOLESCÊNCIA... O "OLHAR" DOS PAIS! (II)

Olhar de Mãe...

Uns versinhos já te fiz,
Um poema vou fazer.
O tempo passou.
Menina já não és,
Mulher também não.
De mulher tens a aparência
De menina a inocência.
Teus olhos são de menina.
Teu corpo de mulherzinha.
És pureza, ingenuidade,
Mariana
Mulher-menina
A menina pede colo,
A mulher já não o quer.
A mulher começa agora
A voar.
E nesse voo de sonhar
De ave colorida,
Deixa-me, amor, partilhar,
Contigo poder voar.
A vida vai prosseguir,
Mariana,
Mulher-menina.
Esse caminho contigo,
Quero fazer.
Até Deus querer
E enquanto me deixares.
De mãos dadas
Partilharemos
O mar, o campo, as flores.
E nas asas da ave colorida
Voaremos as duas,
Em sonhar
Pelo infinito

Isabel Cabral

ADOLESCÊNCIA... O "OLHAR" DOS PAIS! (I)


JOVENS!

ABRI AO AMOR
A VOSSA ALMA DORIDA
E COM A ALEGRIA
DE QUEM É JOVEM E FORTE
AMAI A PRIMAVERA,
AS FLORES,
A VIDA!
Teresa Hoffbauer

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (VII)


Cachopa...


Pára de me chamar isso!

Dou a mão à palmatória que me comportei como uma.
Mas cachopa e miúda são dois adjectivos que têm uma má conotação e carga depreciativa para mim. Não tens de adivinhar, por isso to digo. Histórias de outros tempos.
Termos carinhosos…
Não os queres usar, tudo bem.
Então chama-me pelo meu nome de baptismo. Toda a vida fui infantilizada por ser ingénua.
Estou a refrear-me. Muito. Os minutos teimam em não passar. A Luz está longe. O labor está fraco. E os sonhos e desejos são muitos. Tento dar-te o que acho que queres mas não sem prejuízo meu. Sei que me lerás. Aqui. Neste fórum da minha vã existência. Mas até isso planeio destruir. Poderás pensar que houve distanciamento e que, finalmente, deixei de sentir intensamente. Não sabes que na Natureza nada se ganha, nada se perde, tudo se transforma?Tão simplesmente mudei o meu objecto de obsessão.
Agora, doentiamente, penso em mim. Na cachopa. Não como quererias que o fizesse mas da única forma que sei. Auto-flagelo-me. Castigo-me. Puno-me. Abraço todos os momentos ébrios onde sinto, por instantes, uma ilusória liberdade de mim própria. Nada me choca, as palavras não doem e todas as consequências têm absolvição.Magoem-me! Mil vezes, magoem-me! Destruam-me! Despedacem-me! Destruam-me…Desde que não seja eu a fazê-lo a mim própria, viverei com isso.

Melodrama de uma cachopa…

renard

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (VI)

Cinco E Vinte Da Tarde ... (I)

O caminho do sangue pelas minhas veias tornava-se difícil, e a função dos meus sentidos desvanecia. Já não sinto o teu perfume, já não recordo o sabor da tua boca na minha, esqueci por momentos a cor avelã dos teus olhos.

Eram cinco e vinte da tarde e seguindo a rotina habitual foquei o meu olhar no teu. E foi então que eu vi. Para mim a vida perdeu o sentido, se é que alguma vez existiu um. A passagem do sangue pelas minhas veias tornou-se difícil, e nas artérias, Oh!, aí era quase impossível. O meu coração batia com mais força, com uma intensidade bruta, mas eu sentia falta de vida, sentia-me vazia de mim.

Eram cinco e vinte da tarde e vi o teu olhar no dela. Os teus olhos tinham um caminho traçado e nada ia mudar isso, estavam perdidos na imensidão do seu corpo e reflectiam a alegria que te ia no coração.

Eram cinco e vinte da tarde. E tal como um dia fizeste com que me apaixonasse por esse teu olhar, nesse dia, às cinco e vinte da tarde, mataste-me com ele.

Cinco E Vinte Da Tarde... ( II )


O aperto no meu coração era cada vez mais forte à medida que proferias tais palavras, à medida que via os teus lábios mexerem em direcção à rejeição. Eu já o sabia. Sempre o soube, e na minha cabeça sempre o tentei adiar, mas eu sabia, sabia mesmo que mais cedo ou mais tarde ia acontecer. E foi nesse dia que eu percebi, que apesar de meio ano de espera tudo fora em vão, nada passara de uma paixoneta para ti, percebi nesse dia que tudo o que eu te dei foi um pensamento soltado no ar, deixado vaguear sem destino. Foi nesse dia que a razão me atingiu o coração, que a razão guardada na minha mente chegou ao destino. Foi nesse dia que percebi que tu morreras, e que não havia nada que te acordasse dos mortos.

As lágrimas escorriam-me pela cara, cortavam como facas, rasgavam os meus lábios e punham um amargo salgado na minha boca, que fazia lembrar o toque da tua língua, e que fazia com que mais ainda se formassem. Secava-as em vão, nada fazia com que parassem, a dor dentro de mim era intensa e bruta, e não parava, era cada vez pior, mais agoniante, mais dolorosa. E de repente senti-me desidratada, já estava a chorar há cerca de três horas, mas perdi por completo a noção do tempo. As lágrimas secaram, já tinha esgotado todas as reservas líquidas do meu corpo, e caí no chão, mas a minha alma ainda doía, ainda chorava. O chão estava mais duro do que sempre, parecia mais impenetrável do que sempre, e a luz esbatia-se, ao longe, fugia de mim, eu era um repelente de alegria, um repelente de um mínimo de felicidade. Parte de mim morrera naquele dia, às cinco e vinte da tarde, naquele dia que deveria ter sido um igual a tantos outros, mas foi Aquele Dia, e eram Cinco E vinte Da Tarde.

Abri os olhos. Não sei quanto tempo dormi, parecia-me já não existir tempo. Olhei para o relógio e eram cinco e vinte da tarde, outra vez cinco e vinte da tarde, e num gesto instintivo coloquei a mão no peito. Não sentia o bater do coração, sentia-o longe, sentia que já não o tinha dentro de mim. Senti um vazio inexplicável dentro do meu corpo, porque era mesmo assim, eu já não passava de um corpo. O coração já lá não estava, já alguém o havia levado, e não fora durante o meu sono, já havia sido há muito tempo. Levantei-me, mas faltava-me força. A minha pele ardia, os meus lábios estavam secos, e toda a água, a fonte da vida, estava perdida de mim. Arrastei-me para outra divisão da casa, mas doía-me o peito, e o esforço intensificava a dor. Queria chorar mas não conseguia, estava tão vazia de água como de vida. Bebi. Bebi como se a continuação do mundo dependesse disso, bebi como se fosse a última vez que via água, bebi como se mais nada importasse.A minha pele começava finalmente a recompor-se, a ganhar cor outra vez, a deixar arder. Os meus lábios estavam carnudos de novo, o meu corpo começava a receber vida, mas o meu coração continuava sem bater. Continuava a senti-lo fora de mim, continuava aquela dor aguda no meu peito, e teimava em ficar. Quando voltei com a mente à realidade, senti medo, medo de tudo o que se tinha passado, eu não conseguia compreender o que se passava comigo, não conseguia compreender a ausência do meu coração, a dor no peito e o vazio do meu corpo. Olhei-me ao espelho, e tudo estava igual. Tinha a mesma cara de sempre, o mesmo corpo de sempre, mas o coração permanecia fora de mim e a dor no peito teimava em ficar.Lembrei-me de ti, do teu olhar amendoado, do teu cabelo doirado e da tua forma de andar.

Lembrei-me desse teu ser, dos teus lábios perdidos nos meus, do teu perfume e das tuas mãos enlaçadas nas minhas. Lembrei-me do dia em que me disseste que eu era tudo de ti. Lembrei-me das cinco e vinte da tarde passadas contigo, e lembrei-me também do último olhar que me dirigiste. E tive vontade de chorar, na verdade eu tentei produzir lágrimas, mas o meu peito doía demasiado, e não tinha forças para tal, não tinha capacidade para desperdiçar água do meu corpo. Mas a minha alma, essa chorava, essa não ia parar nunca, essa sentia a falta do teu ar a todos os segundos. A certa altura senti a respiração difícil, e percebi que tal facto se dava porque o ar, o ar que eu respirava já não era respirado por ti. Doía-me o peito e a entrada do ar porque o ar, o ar que me entrava já não te entrava a ti também, porque tu estavas morto, estavas morto e nada te iria fazer voltar. E foi nesse momento, em que eram cinco e vinte da tarde, que percebi que a dor no peito ia ser eterna, porque não havia nada que te acordasse dos mortos.

E hoje a dor no peito ainda a sinto, ainda dói como no primeiro dia, e são cinco e vinte da tarde outra vez . Mas apesar de tudo, as reservas de água esgotaram-se, e também foi para sempre. E talvez tenha sido por isso, por pedido do meu corpo, do facto de eu ser Humana, que fez com que hoje, às cinco e vinte da tarde, eu desistisse de Ti. E isso também para sempre.

VERA MATIAS, 15 anos

quarta-feira, 7 de maio de 2008

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (V)

Era uma jovem
parecida com a laranja do poste anterior

Que um dia foi uma linda garotinha,
Que depois cresceu e se fez adolescente
E que um dia deixou de ser ingénua
E descobriu o mundo…

Foi então que um sujeito
Que não entendia nada de juventude
Ao vê-la tão viva,
Sorriso largo
Tão desprendida
Disse “que imaturidade!”
E que “ela não daria uma mulher a sério”.

Um homem que entendia de jovens
Disse que agora é que estava a nascer
Uma nova mulher para o mundo.

E aquela menina foi crescendo.
Descobriu coisas boas e coisas más.
Cresceu mas a imaturidade
Própria da idade
Ainda morava nela.

Cresceu um pouco mais
Mas imatura, ainda.

Cresceu mais ainda e,
Finalmente,
Desabrochou uma linda jovem a caminho da maturidade.

Foi então que alguém
Ao vê-la, disse:
- Que linda mulher!
Tem um corpo escultural,
Tem tudo o que se deseja de uma mulher.
É melhor colhê-la agora
Antes que saia da sua forma desejável.

Alguém que ouvia aquelas palavras replicou:
- É sim. Uma linda jovem.
Tem corpo escultural
E tem tudo para se tornar uma mulher de verdade;
É melhor ajudar esta jovem
A descobrir o seu papel no mundo
E que não se deixe iludir por palavras vãs.

Ele aproximou-se da jovem que já estava a creditar que, por ter um corpo bonito e um físico espectacular, já se tornara numa mulher, pediu licença para falar e disse:
- Não te iludas com a tua maturidade física. Não é ela que te faz MULHER. Estás prontas para te tornares mulher e seres uma bênção para a humanidade. Os teus seios, os teus quadris, o teu rosto, o teu físico, são uma certeza de que o belo e o nobre existem. Mas precisas, agora, de te tornares mulher por dentro, porque se achares que já estás pronta para seres colhida, poderás acabar por ser usada sem seres amada.
Recebe a luz que vem do alto,
Aprende a tirar o doce que vem da terra e,
Quando começares a ficar mais meiga e doce por dentro,
Mais cheia de paz nas tuas atitudes exteriores,
Estarás pronta para a vida.

O erro de muitas jovens e de muitos jovens é pensar que se tornaram adultas e mulheres, adultos e homens, por saberem atrair e enfeitiçar com o corpo.

O que eu quero
é que os jovens errem o menos possível a respeito do amor e da vida…


Adaptação nossa do texto "Os Jovens são como laranjas...
de José Fernandes de Oliveira
in Se eu pudesse falar aos jovens
Edições Paulistas

terça-feira, 6 de maio de 2008

CORAÇÃO ADOLESCENTE (IV)


ERA UMA VEZ...

Era uma vez uma laranjeira,
que um dia produziu flores,
que um dia murcharam…

No dia em murcharam
um homem que não entendia de laranjeiras
disse que ela não daria coisa nenhuma
porque as flores haviam murchado.

Mas um homem que entendia de laranjeiras
ficou tranquilo e disse que agora
é que começariam a nascer os frutos.

E os frutos começaram a nascer.
O homem que entendia de laranjas
pôs-se a observar um dos frutos que nasciam.
E o fruto que tinha sido florzinha
tinha um centímetro de diâmetro.
Era pequeno e imaturo.
Cresceu e continuou pequeno e imaturo.
Cresceu um pouco mais
tornou-se médio mas continuou imaturo.
Cresceu mais ainda
E tornou-se grande, porém, continuava imaturo.

Quando chegou a época da plenitude física,
O homem que não entendia de laranjas
Disse que ela devia ser colhida:
- Não vai crescer mais,
Daqui por diante só vai envelhecer;
Vamos colher esta laranja enquanto é nova!

Mas o homem que entendia de laranjas disse:
- O senhor não entende nada sobre a natureza!
E pouco deve entender sobre a vida!
Ela parece uma laranja,
Tem o tamanho de uma laranja,
Não vai crescer mais do que isso,
Mas ainda não é uma laranja;
Ela ainda não está madura
Nem doce por dentro!!!
Deixe que ela receba a luz do alto,
sugue a seiva da terra
com mais intensidade do que antes,
e transforme o seu íntimo em substância doce.
Ela começará a ficar dourada por fora
E silenciosamente
Começará a dizer que amadureceu.

É por dentro que se julga a laranja,
Não pelo seu tamanho exterior.

Adaptação nossa do texto "Os Jovens são como laranjas...
de José Fernandes de Oliveira
in Se eu pudesse falar aos jovens
Edições Paulistas

segunda-feira, 5 de maio de 2008

CORAÇÃO ADOLESCENTE (III)

VIDA

Nascer
Aprender
Rir
Sonhar
Sorrir
Acreditar
Apaixonar
Amar
Chorar
Perder
Trair
Magoar
Morrer
Enfim. . .

Viver
Fábio (Jovem)

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (II)

Via RENARD:


NÃO, NÃO AGORA...

Não, não me toques.
Pois me feres ao menor toque.


Não, não me abraces.

Pois me partes os ossos.

Não, não me beijes.
Pois me fechas a garganta.

Não, não me fales.
Pois me fazes doer os ouvidos.

Não, não me perguntes.
Pois me fazes muda.

Não, não me olhes.
Pois me fazes esconder.

Não, não me levantes a cabeça.
Pois me fazes cegar.

Não, não me faças chorar.
Pois secaste-me as lágrimas.
renard

CORAÇÃO ADOLESCENTE! (I)

Com este título "coração" adolescente", vamos começar a colocar aqui alguns textos que nos falam do bonito que é crescer; bonito mas que por vezes faz sofrer. Textos de reflexão, de partilha; informativos... enfim, que falem da adolescência e do que gira à volta dela.

Via Sletras:

ESTOU A CRESCER!


Eu sou única! Todos somos únicos.
E talvez seja nisto que está a piada.


O nosso corpo,

a nossa forma de pensar,
as coisas de que gostamos...


Cada um de nós é diferente dos outros: somos irrepetíveis!


Talvez esta fase de alterações
não seja igualmente fácil para todos, mas o que é que se há-de fazer!


Cada um de nós é diferente dos restantes.

Talvez desta maneira possamos
ir aprendendo como somos
e como queremos ser quando formos grandes.
Aceitar, tolerar, aprender.

Parece que crescer é começar a decidir coisas.


Às vezes, assusta-me um pouco tanta responsabilidade,

mas, por outro lado,
parece que está à minha espera
um novo mundo cheio de oportunidades.


Sei que nem todos
temos as mesmas capacidades

e que talvez tente fazer coisas
que depois não me saem como estava à espera.

Há sempre situações difíceis,
mas eu estou a crescer,
sendo assim... vamos aceitar o desafio?


"Eu sou uma adolescente"- Núria Roca