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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

ACORDO ORTOGRÁFICO

"Temos de acabar com a ideia de que somos os donos da língua. Os donos da língua são quem a fala, melhor ou pior."

É "a guerra do Alecrim e da Manjerona." É assim que Saramago classifica o impasse à volta do acordo ortográfico, considerando que a situação se tornou "caricata."

"Estiveram à mesa das negociações, discutiu-se o problema, chegou-se a um acordo e assinou-se. E depois não se cumpre, como noutras coisas no nosso país", afirmou Saramago em entrevista à Lusa.

Considerando não ter "autoridade para defender um ponto de vista ou outro" sobre a matéria, rejeitou concepções "puristas" em torno da língua, recordando que "a grande reforma foi em 1911, quando acabaram as consoantes duplas".

"Gosto da minha língua tal qual a escrevo mas não posso impor a 150 milhões de pessoas os meus gostos pessoais. Mas recordo que aprendi a escrever mãe com 'e', depois mandaram-se escrever com 'i' e depois voltaram a mandar escrever com 'e', quando a mãe era sempre a mesma".

PARA REFLECTIR:
Escritores consideram acordo ortográfico dispensável.
Ministro luso rejeita moratória para acordo ortográfico.
Acordo ortográfico não é necessário segundo Mia Couto.