sábado, 8 de março de 2008

ELOGIO DA MULHER

Não percamos muito tempo com políticas e sociologias sobre este dia. É verdade que se deve pensar este dia, naqueles e noutros parâmetros para que sobre ele se reflicta, se tirem ilações, se projectem ideias e se trabalhe sobre elas. Eu também reflecti. Sabem à conclusão que cheguei? Para celebrar este dia - que deve ser todos os dias - vou dar mais atenção, e cada vez mais, àquelas mulheres que todos os dias estão connosco, começando pelas nossas casas, passando pelas mulheres com quem trabalhamos e terminando, talvez, naquelas com quem nos cruzamos no nosso dia a dia. Mais compreensivos, mais atenciosos, mais colaboradores, mais atentos às suas preocupações - já fazemos tudo isto? Acredito quem sim. Mas façamos mais e mais e, assim, estaremos a celebrar, sem ser preciso que nos lembrem, este dia dedicado à mulher. Comecemos por quem está ao nosso lado, fazendo com que esta corrente se estenda. Razão tem a minha "alma gémea" - a quem dedico o "Decreto" que a seguir deixo-, que é mais fácil ser amigo de quem está longe do que "aturar" aqueles que estão ao nosso lado todos os dias. Comecemos por lembrar este dia, celebrando-o todos os dias, valorizando as mulheres que estão ao nosso lado.

DECRETO:

És meu sangue
És meu pensar
És meu agir
És meu verbo amar
És meu sentir
És meu caminhar...


E decreto, ainda
Na praça pública em alta voz:
O nosso amor é de Deus
E Deus habita em nós


Com o meu filho João e as mulheres das nossas vidas.

sexta-feira, 7 de março de 2008

SEMANA DA LEITURA (IV)

PROFESSORA DANIELA NO 6º E

"Vivi uma das experiências mais enriquecedoras e emocionantes da minha vida.

A professora Daniela, de Matemática, aceitou o convite lançado pela professora Sandra, professora de Língua Portuguesa do 6º E. "Aceitei de imediato a proposta, não só pelo apreço que tenho pela turma mas também por considerar uma ideia muito interessante." Disse feliz a professora Daniela, que escolheu " O livro que queria ser lido" para ler aos alunos. "Vivi uma das experiências mais enriquecedora e emocionantes da minha vida. Quando chegou a hora e entrei na sala, estava muito nervosa e com receio de não conseguir transmitir a mensagem do interessante livro que escolhi para lhes ler."Confidenciou.

Os alunos gostaram da iniciativa e ficaram de tal maneira entusiasmados que prometeram que iriam comprar o livro. É assim que também se incentiva à leitura.

"Adorei a experiência e espero receber mais convites destes, que tanto enriquecem a nossa alma/cultura literária." Disse, ainda, a professora Daniela, deixando como sugestão "a realização de mais iniciativas deste género, das quais também devem fazer parte os Encarregados de Educação e outros colegas."

quinta-feira, 6 de março de 2008

SEMANA DA LEITURA (III)

JOANA LOPES E OS ALUNOS DO 6º ANO

Como estava previsto, a Joana Lopes esteve com os alunos do 6º ano do Colégio dos Carvalhos e partilhou as suas aventuras literárias e foi confidenciando o que a move a escrever: "comecei por escrever para mim própria a partir dos dez amos, depois dos treze fui levando a escrita mais a sério e foi assim que surgiram seis livros que fui escrevendo, tendo culminado com a publicação da Espada de Jardax." Foram momentos de partilha que se vão repetir, na Semana Cultural do Colégio, mas para os alunos do 5º ano. Parabéns Joana pela disponibilidade, generosidade - pois ofereceu tshirts alusivas à Espada de Jardax a todos os participantes, assim como um exemplar do livro à vencedora do Concurso - e, sobretudo, paciência com os alunos.


Os participantes no Concurso com a Joana Lopes e as professoras de Língua Portuguesa que o promoveram: Marta Teixeira, Olívia Magalhães, Sandra Guimarães e Isabel Cristina

Joana com as vencedoras do Concurso.
Receberam como prémios cheques FNAC





ADENDA: 07-03-08: UM BEIJINHO E UMA FlÔR DE TODOS OS ALUNOS E DOS PROFESSORES QUE ESTIVERAM PRESENTES:

FORÇA MALTA JOVEM (III)

"sub18.gov" Governo Fórum

O Governo Fórum pretende promover o Governo mais “jovem do mundo”, isto é, cada escola formaria um governo: com um Primeiro-ministro, um Ministro da Juventude, um da Educação, um do Ambiente e um das Finanças

VIA WEB SITE DO COLÉGIO INTERNATO DOS CARVALHOS:“sub18.gov”Governo Fórum. A revista “Fórum Estudante” escolheu algumas escolas, a nível nacional, para estabelecer um intercâmbio com a revista.
O Colégio Internato dos Carvalhos foi uma das escolas seleccionadas. O objectivo principal deste projecto é promover algumas actividades que se vão realizando na concretização de cada Projecto Educativo.
Neste sentido, tratando-se a “Fórum Estudante” de uma revista mensal, todos os meses será publicado um artigo sobre uma das muitas actividades realizadas no Colégio Internato dos Carvalhos.
Neste âmbito, e através deste projecto, surgiu também a oportunidade do Colégio dos Carvalhos participar no projecto “sub18.gov” – Governo Fórum.
No passado dia 5 de Março, alguns alunos, em representação do CIC, a saber, Carla Silva, Filipa Sousa e Sara Geitoeira (8º B), Inês Lapa (10º G1), Miguel Lopes (10º S4) e Tiago Devesas (10º S1), acompanhados pelo Dr. Isidro Pinheiro, deslocaram-se ao Instituto Português da Juventude no Porto para participar nas Eleições Regionais do Governo Fórum.
O Governo Fórum pretende promover o Governo mais “jovem do mundo”, isto é, cada escola formaria um governo: com um Primeiro-ministro, um Ministro da Juventude, um da Educação, um do Ambiente e um das Finanças.
Numa primeira fase do concurso, todos os governos, na pessoa do Primeiro-ministro, apresentaram os seus projectos governativos para Portugal, dispondo de cinco minutos para o fazer. Na segunda fase, seguiram-se os esclarecimentos dos respectivos Ministérios.
Discutiram-se temas como o ambiente, o estatuto do aluno, a reciclagem, a obesidade, as politicas de investimento, e outras prioridades com vista à melhoria da qualidade de vida dos portugueses.
Foi, sem dúvida, um debate de “gente crescida”, responsável e com uma consciência cívica e crítica bastante apuradas.
No final da eleição, apuraram-se os vencedores: o Governo do CIC alcançou um brilhante 3º lugar. Salienta-se aqui, que todos os governos eram constituídos por alunos dos 11º e 12º anos; o do CIC era constituído por alunos dos 8º e 10º anos, o que ainda atribui mais mérito ao resultado obtido pelos nossos alunos.
A equipa do Colégio Internato dos Carvalhos está de parabéns por esta participação, foram dignos representantes de uma instituição Centenária. Revelaram uma grande preocupação e responsabilidade no que diz respeito ao futuro do nosso país. Parabéns a todos!

quarta-feira, 5 de março de 2008

TEMPO DE VÉSPERAS!


"Vale la pena seguir callando? Vale la pena ser indiferente? Vale la pena agachar la cabeza y decir esto no es conmigo?
Si crees que todo eso vale no me difundas y sigue tu camino y pídele al Dios del cielo que nunca la crueldad de Guerrilleros, Paramilitares, Grupos de limpieza social y Narcotraficantes te toque a ti o a cualquiera de los seres amados que te rodean. "

Não me atrevo a comentar - nem a traduzir para que não desvirtue a sua força - este texto que me chegou às mãos. Tremenda reflexão sobre a dramática situação da falsa luta das FARC-EP! Para reflexão.

Felicitaciones a las FARC-EP!



Felicitaciones por 40 años de sometimiento a miles de personas, que sienten orgullo de ser colombinos, mas no de USTEDES.

Felicitaciones por hacer honor a su sigla final EP ejercito del pueblo pero, preguntamos de cual pueblo??? Se han preguntado, quién los quiere??? Felicitaciones por Negociar un acuerdo humanitario anteponiendo la vida de los cautivos, como si fuera una mercancía cualquiera.

El Estado Mayor de asesinos. Colombianos privados de su libertad, los quieren canjear por delincuentes. Manuel Marulanda y sus 20.000 Narco-Terroristas. Felicitaciones MANUEL por frustrar los sueños de los menores que recluta, para que derramen su sangre en una guerra que ni entienden. ¿Cuáles son sus juguetes? Niño de las FARC.EP Niña de las FARC.EP Felicitaciones porque han logrado que en el mundo se hable mal de éste país tan hermoso y en donde se los tenga como crueles y asesinos. Felicitaciones porque han logrado mantener cautivos y alejados de sus familias a más de 2500 colombianos por mucho tiempo sin importarles nada. Llevan más de 9 años alejados de sus familias. Entonces, quién los secuestro? Felicitaciones porque demuestran un cinismo al llamar a las familias de los secuestrados inmolados y decir que no fue culpa de ustedes. 11 Diputados acribillados por delincuentes de las FARC.EP. Marleny Orjuela Heroína de los SECUESTRADOS Felicitaciones porque se han dado el gusto de tener un niño de dos años en cautiverio junto con su mamá, sometiéndolo a los peligros de una selva malsana. Y tener el corazón duro al utilizarlo como escudo humano en caso de un ataque y luego justificarse. “Emanuel un niño secuestrado antes de nacer”. Felicitaciones porque han demostrado una vez más la cobardía al asesinar a inocentes. Guillermo Gaviria y Gilberto Echeverri mártires de su cobardía. Solo querían la PAZ. Felicitaciones porque han desplazado a más del 40% de la población campesina llevándolos a las grandes ciudades a engrosar los cordones de miseria. Campesinos desplazados por la violencia de las FARC.EP El campo necesita su gente. Gente que no merece sufrir. No se cansan de tanta crueldad? Felicitaciones por poner a Colombia, como el país con más minas antipersonales, en las que a diario caen personas inocentes. Fíjate donde pisas,,, Él sufrió las consecuencias de la guerra absurda de las FARC. Felicitaciones porque han acabado bosques nativos y reservas forestales para sembrar coca y amapola para seguir en su estúpida lucha. Felicitaciones porque son los mayores traficantes de armas y cocaína en América. Cientos de hectáreas coca. Felicitaciones porque han movido firmemente, la conciencia de muchos Colombianos. Colombia entera marchó por la liberación de los compatriotas secuestrados. El profesor Moncayo, lucha por la Paz, caminando por la libertad de su hijo. Los buenos son más. Felicitaciones… Por tener seres humanos muertos en vida… "La vida aquí no es vida, es un desperdicio lúgubre de tiempo. 'Aquí vivimos muertos" Ingrid Betancourt Y tu que me lees, detente un poco y piensa: Vale la pena seguir callando? Vale la pena ser indiferente? Vale la pena agachar la cabeza y decir esto no es conmigo? Si crees que todo eso vale no me difundas y sigue tu camino y pídele al Dios del cielo que nunca la crueldad de Guerrilleros, Paramilitares, Grupos de limpieza social y Narcotraficantes te toque a ti o a cualquiera de los seres amados que te rodean.

Felicitaciones ... Gracias Por poner a rodar este mensaje por los miles de colombianos en cautiverio, por las victimas de Cali, quienes aun no han tenido una sepultura digna, porque no han sido entregados a sus familias, por las victimas de minas antipersonas, por los niños que solo juegan con armas, etc,,,, ............No Callemos más !!!!!!!!!!!!!!!

No me duelen los actos de la gente mala, me duele la indiferencia de la gente buena”

Martin Luther King.
ADENDA: O original deste texto está aqui.

TESTEMUNHOS DE VIDA

“É fundamental ser positivo. Olhar para o que é bom na vida, pois há coisas mais simples do que o cancro e que matam.”

O diagnóstico médico chocou o piloto Luís Pedro Magalhães ao ponto de pensar em “jogar tudo para o ar”. Quando soube que tinha cancro não reagiu bem e demorou algum tempo a aceitar a doença. “A vida é aquilo que é. É preciso aceitá-la e lutar por ela”, receita agora o piloto.
Um testemunho via Correio da Manhã aqui.

terça-feira, 4 de março de 2008

1º CONCURSO DE CONTOS - 6º ANO

SEMANA DA LEITURA
Como foi prometido, aqui estão os textos que ganharam o 1º Concurso de Contos promovido pelo Departamento Curricular de Línguas Românicas do Colégio dos Carvalhos.


O PRIMEIRO LUGAR FOI PARA A BEATRIZ CARNEIRO DO 6º D:


DECRETO DO CÉU


Era uma vez um jardim muito bonito e muito especial, pintado de várias cores, quero dizer, com muitas flores coloridas.
Nesse jardim não havia distinção entre pobres e ricos, pois o seu amigo jardineiro fazia questão que as flores mais humildes fossem vizinhas das mais vistosas.
Assim, as simples Margaridas moravam perto das ricas Rosas, as refinadas Orquídeas, essas, tinham o seu canteiro junto dos simplórios Jarros brancos, as pequeninas Violetas residiam muito perto dos Gladíolos vermelhos e era assim um interminável arco-íris de flores.
Este jardim além de ser o mais belo era também muito especial, porque, vejam só, as flores falavam umas com as outras, mas só à noite quando o jardineiro ia para casa.
Numa noite, lá num cantinho e no meio do falatório entre as flores mais faladoras, os Amores – Perfeitos choravam, as vizinhas desatentas não se apercebiam do drama daquelas frágeis flores.
A Lua, rainha da noite e muito vigilante, ouviu o chorar das flores e perguntou:
- Ó meninos! Sim, estou a falar convosco, vós aí nesse cantinho, porque choram? Não gostam de morar aí?
E os Amores – Perfeitos estupefactos interrogaram:
- A Senhora Lua está a falar connosco? – diziam eles ainda a soluçar.
- Estou! – exclamou a Senhora Lua. – Vocês já repararam que as vossas vizinhas não estão incomodadas com o vosso choro? – Apenas se preocupavam em conversar umas com as outras!
- Sabe, Senhora Lua, nós gostamos muito de morar neste nosso jardim, que é muito bonito, como a Senhora Lua sabe. De dia, o seu e nosso amigo Sol enche de luz este nosso cantinho…
- Então porquê essa choradeira? – Interrompeu a Senhora Lua – Vocês não se chamam chorões pois não?
- Não! Esses moram daquele lado – esclareceram os Amores – Perfeitos.
- Então, digam lá qual é o vosso problema! – exclamou ela curiosa.
- É que nós, de noite, temos medo do escuro! – responderam aliviados. – Mas não diga nada às nossas vizinhas, senão elas riem-se de nós.
- Ah! – É isso! - Não chorem mais, porque as vossas pétalas vão perder a cor. Eu resolvo isso. – Disse a Lua determinada.
- Como vocês sabem nem todas as noites há luar, ou seja, as minhas amigas nuvens, por vezes põem-se à minha frente e a minha luz não chega aí à Terra. Mas fica prometido, todas as noites vou mandar uma estrelinha para vos fazer companhia até o amigo Sol se levantar. E assim ficou decretado.
Os Amores – Perfeitos nunca mais tiveram medo.
Enquanto as outras flores se entretinham a falar, lá estava a estrelinha, todas as noites, naquele cantinho a tagarelar com os frágeis Amores – Perfeitos, agora felizes e sem medo.


O SEGUNDO LUGAR Ex-aequo:

O MEU PRÍNCIPE de ADRIANA TEIGA do 6º C

Há muito tempo atrás, era eu um menino de cabeça sonhadora e calções acima do joelho, quando conheci um animal esverdeado. Tudo aconteceu num daqueles dias brilhantes de um Verão sem fim, sem escola e sem preocupações. Nesse dia de fantasia, passeava eu por ladeiras de verde cobertas, salpicadas de vermelho e amarelo das papoilas e dos malmequeres, quando ouvi o que me pareceu ser o canto de uma sereia.
- Uma sereia, aqui na quinta da avó Ana, tão longe do mar? - pensei eu alto.
Ainda se estivesse na casa do tio Henrique que é pescador e vive bem perto da areia, junto daquele imenso azul?!
Apurei o meu ouvido e desliguei a minha antena da realidade que parecia estar a interferir com este sonho em embrião. Os meus olhos quase saíram das órbitas, quando me apercebi que a delicada melodia provinha de um ser minúsculo encarrapitado num nenúfar na beira do lago.
Ao ver-me o sapo, pois era este o animal que ali se encontrava, parou com um ar assustado.
- Não tenhas medo. Não vou fazer-te mal. Quero ser teu amigo. - disse-lhe eu muito baixinho.
O pequeno ser olhou-me fixamente e retorquiu:
- Olá! O meu nome é Leonardo, Príncipe Leonardo do reino dos Sete Lagos. - - Pobre animal! Então, és um príncipe? E como é que vieste aqui parar? -perguntei ao desventurado sapo.
- Estou aqui, pois perdi algo de muito precioso, algo que me faria humano e feliz de novo, uma coisa que preciso desesperadamente para me casar dentro de uma semana.
- Vais casar dentro de uma semana? Não me digas que perdeste o anel que ias dar à tua noiva… - brinquei eu um pouco para o animar.
- Como é que adivinhaste que eu perdi o anel de noivado? - perguntou-me, espantado, o sapo, e acrescentou: - E ainda por cima não é um anel qualquer, é um anel encantado, que me foi dado por uma fada e que me permite ter a minha forma humana que me foi tirada, quando eu tinha onze anos por uma bruxa muito má e vingativa. Ela roubou-me o anel e queria…
- Espera um pouco, pois estás a ir depressa demais.
- Não vês que já estou neste pântano há tanto tempo que já quase nem sei falar a língua dos humanos…
- Mas não disseste que te casavas dentro de uma semana? Como é isso possível se não sais daqui assim há tanto tempo?
- Ora, o meu casamento foi combinado pelos meus pais, quando eu nasci. Eu nunca vi a princesa com quem me vou casar no sábado. Só sei o que me foi dito pela minha boa fada, ou seja, que a princesa era a mais bela e mais bondosa de todos os Sete Ventos e que viveríamos felizes para sempre.
E lá partimos nós. Cada vez estávamos mais perto da floresta negra e cada vez o meu coração batia mais forte como as ondas a rebentar nas rochas, perto da casa do tio Henrique. Já na floresta, sentimos que não estávamos sós. As árvores pareciam conspirar contra nós, em segredo, como se estivessem a combinar o nosso fim. Leonardo segredou-me, então:
- Existe, nesta floresta uma pequena flor dourada, que nos ajudará.
Os meus olhos mal viam por entre a escuridão e por estarem toldados pelo suor, que me caía pela testa abaixo. Ainda assim, tentei descobrir o brilho da flor mágica. Dentro de um tronco apodrecido de uma velha árvore, encontrei-a. Com a flor dourada em punho, como se fosse a espada do rei Artur, senti-me cheio de forças para combater a maldade e fazer o bem triunfar. Nesse momento, a velha carcaça apareceu-nos à frente e desejou-nos o pior dos destinos. Mesmo assim, não me intimidei e esgrimi a minha flor/espada. A feiticeira apercebeu-se, então, da poderosa força que eu, o Leonardo e a flor possuíamos. Atirei-lhe com a minha planta milagrosa cujo pólen derramou nuvens de pó dourado que a fizeram espirrar e, de cada vez que espirrava, a fada má desaparecia no meio da poeira.
Quando nada mais restava do que um monte de trapos, entrámos nas ruínas e procurámos o anel em todo o lado. Por fim, encontrámo-lo escondido entre as cinzas da lareira. Mal o coloquei no dedo do meu príncipe, este transformou-se num magnífico e esbelto rapaz e o seu sorriso de agradecimento foi mais luminoso do que o raio de sol que, de repente, iluminara a floresta.
Tudo à minha volta era, agora, um cenário paradisíaco. As árvores rejuvenesceram e já não nos queriam mal, as flores eram de todas as cores do arco-íris e os animais entoavam uma sinfonia maravilhosa.
Precedida por um bando de pombas brancas, apareceu reluzente a prometida de Leonardo, a princesa Sofia, mais deslumbrante do que um manto de neve um dia de Primavera.
Os olhos dos dois encontraram-se e faíscas prateadas inundaram todo o firmamento e eu pensei: “Isto é o que se chama o princípio do fim de um belo conto de fadas.”

AS VIOLETAS de BEATRIZ CALDEIRA do 6º C:


Há muitos, muitos anos, uma menina de cabelos longos e loiros, com uma pele lisa e branquinha como neve, com olhos azuis, que reflectiam a luz do Sol, um coração de oiro e um perfume a flores do campo acabadinhas de rebentar, fazia do seu diário o seu coração, sentada na cadeira fofa do seu belo quarto.
Chamava-se Violeta Machado. Tinha um irmão mais novo e um pai maravilhoso, que a ajudava em tudo o que precisava.
Sem querer, deixou cair o diário no chão e reparou numa pequena chave que estava no meio do tapete juntamente com um papel que dizia: «No lago de flores, com asas no ar, precisa de ajuda, vais ter que encontrar.» Violeta, depois de ler o papel, pensou no lago no meio da floresta, para onde ela ia apanhar flores nas tardes de sábado. Então, sem perder tempo, correu até ao local.
Chegou ao lago e nada parecia estar diferente. Encostou-se a uma árvore e esperou, esperou, esperou.....(esperou uma hora) e nada. Até que, de repente, apareceu à sua frente um ser colorido, com umas asas brilhantes como as estrelas do céu, quando a noite está escura e nada se vê a não ser os candeeiros ao lado da estrada ou no meio do caminho. Era um ser pequenino, do tamanho da palma da mão de Violeta e não parecia estar muito contente. Sem dar tempo à Violeta de dizer fosse o que fosse, disse:
- Estava a ver que nunca mais chegavas! Eu preciso urgentemente da tua ajuda para encontrar violetas.
- Violetas?!
- Sim. O pólen das violetas do campo é o último ingrediente para completar a poção que salvará a minha irmã.
- E como te poderei ajudar?
- Tenho uma história para te contar. Sabes, a tua mãe, quando era pequena, vivia na Vila Freira Monte. Aí perto existia um vale e lá no fundo, ao pé de um riacho, havia um campo cheio de violetas, para onde a tua mãe gostava muito de ir brincar. Por isso, é que te deu o nome de “Violeta”.
- E, então, porque não vais colher algumas?
- Porque, infelizmente, não sei onde fica esse campo. Apenas a tua mãe o sabia.
Violeta teve uma ideia. Foram as duas para casa dela e passaram a tarde no sótão a rever fotografias antigas da mãe, à procura de algumas pistas que lhes pudessem indicar o local onde, outrora, existiam as violetas. Encontraram algumas fotografias de quando a mãe de Violeta era pequena. Em algumas viam-se construções rodeadas de violetas, ao pé de um riacho: um poço largo e fundo, um lavadouro muito bonito, um moinho de água e uma capelinha com a imagem de Nossa Senhora esculpida na parede.
Foram a Vila Freira Monte perguntar às pessoas o que sabiam sobre estas construções. Disseram que havia por ali muitos poços, mas nenhum ao pé de um riacho; que por esta zona, já não existiam lavadouros; que só havia moinhos de água, na cidade vizinha; mas que na vila se encontravam duas igrejas, uma delas perto do rio.
Violeta e a fada dirigiram-se para lá. Quando chegaram, repararam que a igreja da fotografia era bem mais pequena do que aquela com que se deparavam. Entraram e perguntaram ao padre se não havia por ali uma capelinha. Ele indicou-lhes as traseiras da igreja. As duas correram até lá. Dava para ver, realmente, que era aquela mesmo que procuravam, pois a escultura ainda era bem visível. Entre a capelinha e o riacho, estendia-se um pequeno tapete de violetas. Colheram as que precisavam para a poção. Violeta levou para casa alguns pés, que plantou no canteiro da sua janela, em memória da sua mãe.



O TERCEIRO LUGAR:



A FADA MILAGREIRA de MARIA MIGUEL do 6º B



A Fada Milagreira era assim que toda a gente a tratava, uma vez que fazia o que o seu nome indicava, Milagres.
Esta bela Fada habitava junto de um rio, onde as flores bailavam com o vento, onde os pássaros cantavam todas as manhãs e as libelinhas dançavam como bailarinas profissionais.
A fada tinha como costume ir todas as manhãs e tardes ao seu escritório, onde atendia os seus pacientes e resolvia os seus problemas.
Certo dia, uma rapariguinha resolveu consultá-la para lhe pedir ajuda, uma vez que, afirmava que tinha perdido a sua felicidade.
- Ora essa, minha querida! Ninguém perde a felicidade! – exclamou a Fada - Já pensaste se a tua felicidade não se perdeu e está mas é a querer jogas às escondidas contigo?
- Jogar às escondidas comigo? – interrogou-se a menina.
- Claro! Se calhar ela escondeu-se e está à espera que tu a encontres!
- Mas como posso eu encontrá-la?
E assim foi decorrendo a conversa entre a cliente e a fada. A menina sempre a fazer perguntas e a fada sempre a responder-lhe. Até que a fada disse:
- Minha querida, pensa na tua vida, mergulha no rio de emoções que existe no teu coração e encontra a felicidade.
E, com um “plim plão”, fez a menina lembrar-se de tudo que já tinha vivido.
De repente, soltou-se uma sombra dentro da menina. Era uma princesa que tinha algo de muito importante para lhe dizer.
- Obrigada, libertaste esta minha tristeza profunda. Vou-te dar uma recompensa.
E assim, erguendo o seu braço, entregou um mapa à linda fada.
A fada Milagreira ficou boquiaberta. Analisou com muita atenção os conteúdos referidos no mapa e, no dia seguinte, partiu em busca do tesouro.
Atravessou ventos cortantes, desertos escaldantes. Finalmente deu com uma cidade cujo nome era “ A Ilha dos Mistérios”.
Procurou, entre os estabelecimentos comerciais, alguém que a pudesse ajudar, mas nada. Entretanto encontrou uma padaria no fundo dessa rua. Então, resolveu entrar.
- Está aqui alguém? – perguntou a fada.
Do balcão saltou o padeiro que estava bastante feliz por ver que alguém aparecia, uma vez que há anos que não entrava ninguém na sua padaria.
- O que procuras?! Queres comprar alguma coisa, tomar um chá, algo, alguma coisa? – inquiriu entusiasmado o padeiro.
- Não, muito obrigada, só queria perguntar se sabe onde fica “O Lago Arco-íris”. Estou à procura de um tesouro que está por aquelas bandas…
- Ora, um tesouro! Deve estar cheio de ouro, não queres dividir esse ouro todo comigo? Podemos montar uma empresa e fazer milhões! -. exclamou o padeiro.
- Nem pensar! O dinheiro será para dividir com todos que necessitem. Não podemos ser tão arrogantes.
- Pronto, está bem. Pelo menos deixas-me ir contigo?
- Claro que sim.
Lá partiram os dois em busca do tesouro.
Após duas semanas de caminhada em busca do tesouro, chegaram finalmente ao local pretendido.
- Isto é sossegado demais para meu gosto! – informou o padeiro.
- Oh! Cuidado atrás de ti está um dragão!
A fada retirou de imediato a sua varinha de condão e um “plim” fez desaparecer o monstro.
Já a salvo, resolveram procurar a árvore mais alta. Quando a encontraram, começaram a cavar.
- Encontrei alguma coisa – afirmou a fada.
- Oh! É o tesouro – declararam ao mesmo tempo os dois!
Abriram-no e, para sua grande surpresa, observaram que o tesouro era um baú cheio de brinquedos.
- Oh boa! Brinquedos! Não era nada disto que eu estava à espera. Onde está o meu ouro? A minha casa com piscina? – interrogou-se o padeiro.
- Não podemos pensar só em dinheiro. Estes brinquedos têm um significado. Significam que devemos partilhar com outros.
E, assim, a fada e o padeiro distribuíram brinquedos por todas as crianças do mundo, para que todas elas fossem mais felizes
Pois é, vamos todos abrir os nossos corações e seguir o exemplo da Fada, não acham?!

segunda-feira, 3 de março de 2008

CLUBE DOS LIVROS ESCOLARES


SEMANA DA LEITURA (II)

JOANA LOPES VAI ENCONTRAR-SE COM ALUNOS DO 6º ANO

Joana Lopes, nesta Semana da Leitura, vai encontrar-se com os alunos do 6º ano do nosso Colégio, na próxima quinta-feira, com quem vai partilhar as suas “aventuras” literárias.

Com apenas dezassete anos, Joana Lopes é a mais recente coqueluche literária gaiense. A Joana é estudante de Património e Turismo e sempre teve o bichinho da escrita como companhia. Nesta obra, Joana Lopes conta a história de um príncipe, máximo responsável de uma cidade cercada e em vias de entrar em guerra, que vai ter na Espada de Jardax o seu grande auxílio. Além das imensas aventuras e mundos maravilhosos com que somos confrontados -e muito mais do que isso -, é um olhar da jovem autora para os sentimentos mais enraizados nos seres humanos.
=
ADENDA: 15:27: Nesse mesmo dia serão distribuidos os prémios dos três primeiros classificados do 1º Concurso de Contos do 6º ano, promovido pelo Departamento de Líguas Românicas do Colégio dos Carvalhos.
P.S. : Os textos premiados vão ser publicados neste BLOG. Estejam atentos!

domingo, 2 de março de 2008

JEITO DE CAMINHAR!

Ser político é uma arte de saberes cognitivos, práticos, sem dúvida, mas supõe complementos éticos profundos (saber ser e estar com...).

“Quem sabe o que quer
e onde quer chegar
escolhe o caminho certo
e o jeito de caminhar.”
Tiago de Melo

EM BUSCA DE RESPOSTAS

Quantos papéis não temos que assumir nas nossas escolas! E não nos podemos esquecer que antes de mais, cada de um nós, é uma pessoa.

A NÃO PERDER... TEXTOS E COMENTÁRIOS.

Via "Tempo de Teia"

Triste ensina Paulo Proença Moura