sábado, 9 de agosto de 2008

PAIS E VIDA ESCOLAR


VIA CONFAP


Para uma maior cidadania
e prevenção da indisciplina
e violência nas escolas
.


Comissão de Educação e Ciência elaborou o relatório [link] sobre a Petição n.º 496/X/3ª, entregue pela CONFAP na Assembleia da República, remetendo-o à Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública. O Ministério da Educação, no âmbito das consultas da Comissão de Educação e Ciência, enviou um parecer [link] favorável às medidas reivindicadas pela CONFAP na petição.


A CONFAP propõe que, no Código do Trabalho, se garanta o crédito horário de 4 horas por filho e por mês na deslocação à escola, a todos os pais e encarregados de educação, no exercício dos seus direitos e deveres parentais de acompanhamento da vida escolar dos seus filhos e educandos, sendo estas faltas consideradas como justificadas sem perda de remuneração.

DESAFIO!

Para onde é que o "Jota" está a olhar com os óculos de sol da mãe?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

BEIJING 2008

UMA OPORTUNIDADE PARA A CHINA!

Acabou de ser içada a bandeira dos jogos olímpicos, ao som do belíssimo Hino Olímpico, cantado por um coro de crianças vestidas com trajes de todos os países presentes. O acender da Chama Olímpica no estádio foi fabulosa. Que o colorido, a magia, o encanto, que verificamos na Cerimónia de abertura permaneçam durante os jogos e que eles sejam um pretexto para reflectir e continuar a pressão sobre a China no sentido de um maior compromisso no que aos direitos humanos diz respeito. Que as Olimpíadas de Beijing sejam uma oportunidade da China demonstrar a sua capacidade de integrar-se e abrir-se ao mundo.

Que a Pomba da Paz prolongue o seu voo a todos os Continentes do nosso planeta levando a mensagem de que é preciso que os homens unam esforços em prol de um mundo mais humano e onde os Direitos Humanos sejam uma realidade adquirida:

E o nosso voto de felicidades e boas prestações aos atletas que nos representam:

DESAFIOS


Onde é que se encontra este vitral? Algures no Porto.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

NA ROTA DA HISTÓRIA

FEIRA MEDIEVAL
EM TERRAS DE SANTA MARIA



















Fotos do Raul e João Martins


Como nos anos anteriores, não podíamos deixar de ir à Feira Medieval, aqui bem perto, no Concelho vizinho das Terras de Santa Maria. O meu aplauso por ver que a organização primou por melhorias interessantes: aumento da área da Feira (pelo menos fiquei com essa impressão); melhor organização dos espaços; melhores condições sanitárias (a "esterqueira", como vinha assinalado), ainda que desejássemos muito mais mas para tanta gente é impossível; mais e melhor oferta das "tabernas" para aconchegar o estômago dos visitantes; a "loja" medieval; mais parques de estacionamento; o arrelvamento da maioria dos espaços, evitando as poeiras que se levantam com o passar dos visitantes; o projecto "Criança Segura", com a colocação de uma pulseira que permite à criança, que eventualmente se perca, poder encontrar os familiares; os posteres informativos em todos os espectáculos conjunto de espectáculos diversificados para crianças e jovens, enfim, uma melhoria assinalável, ecologicamente falando e, por isso, o meu aplauso.

Ontem, o dia foi fabuloso com a encenação do "Assalto ao Castelo". Os espaços completamente lotados para assistir a um momento que emocionou todos os presentes. Foi uma Viagem Medieval que nos levou ao reinado de D. Dinis, quando o rei entra em guerra com o seu filho – futuro D. Afonso IV –, na década de 20 do século XIV. O Castelo da Feira fica na mira do príncipe rebelde, que o toma. D. Dinis recupera-o, mas, no final, com a intervenção da rainha santa Isabel, faz as pazes com o filho a quem concede o Castelo feirense. Foi, pois, recriada uma época de guerra civil, mas também de paz e de conciliação. Um pequeno vídeo, já quase na parte final, aquando do incêndio do Castelo. Bem gostaríamos de ter feito uns vídeos mais deste evento mas fomos traídos pela bateria da máquina.



Um conjunto de fotografias da Feira Medieval e do "Assalto ao Castelo" (aparecem na parte final e vale a pena ver) da "Foto-Polo" a ver aqui.

Da "Foto-Polo", um excelente vídeo da chegada dos Templários:

E ficamos à espera, dos meus autores, da publicação do Assalto ao Castelo".

DESAFIO

De onde foi tirada esta fotografia?

O CANTINHO DO PADRE MÁRIO!

Jesus é o Mestre.

Jesus «pediu-nos e ensinou-nos a pedir (...) todas as coisas que podemos desejar na terra». Ele, que ama o Pai, educa-nos a amá-Lo.

Jesus aparece como o Livro e como o Mestre interior de quem Teresa se torna uma boa discípula.

O Magistério de Jesus, mestre da sapiência, sapiência eterna, culmina, para Teresa, no ensino do Pai-nosso, que Tertuliano chama de «compêndio de todo o Evangelho». Do mesmo modo, para ela, é a «oração evangélica, que encerra em si todo o caminho espiritual, desde o princípio até nos engolfar em Deus e nos dar de beber na abundante fonte de água viva».

Para conhecer o mestre que ensina esta oração, Teresa evidencia alguns aspectos do magistério de Jesus. Ele ensinou os conteúdos a rezar, mas também a modalidade da oração, o segredo, a solidão, expressões de uma dedicação no qual o eu vem eclipasado da presença do Único a quem vai dirigida a atenção. Ensinou, sobretudo, com a totalidade da vida, o estilo cristão: a humildade, a paciência...

A pedagogia de Jesus serve-se de meios simples, feriais: ensina com a palavra, que dá «luz e segurança», atrai e enche de amor os discípulos. Ensina dentro de nós: «sem ruído de palavras opera na alma sem mestre»: «Es menester recoger estos sentidos esteriores a nosotros mesmos y que les demos en qué se ocupar, pues es ansí que tenemos el cielo dentro de nosotros, pues el Señor de él lo está. Y si una vez comenzamos a gustar de que no es menester dar voces para hablarle – porque Su Majestad se dará a sentir cómo está allí».

O magistério de Jesus, «nosso mestre e modelo», «doce mestre e Senhor», é feito de comunhão e de proximidade.

Teresa liga-se ao filão da interioridade agostiniana: «pues nunca el maestro está tan lejos del discípulo que sea menester dar voces, sino muy junto. Esto quiero yo veáis vosotras os conviene para rezar bien el Paternóster: no os apartar de cabe el Maestro que os le mostró». «Representad al Señor junto con vos y mirad con qué amor y humildad os está enseñando». Não se vê o mestre que instrui, mas compreende-se que é Ele.

Ensina através da «Palavra de Deus na Escritura», sendo o Deus da revelação cristã; mas, sobretudo, através do Evangelho.

Ainda no que diz respeito à Sagrada Escritura, na sua globalidade, relativamente ao uso no seu tempo, Teresa alimentou-se dela com grande abundância. O livro da liturgia das horas punha-lhe em mãos muitos textos Sagrados, se bem que o latim fosse uma grande dificuldade para ela, no entanto, tinha acesso a livros bíblicos como o Cântico dos cânticos, a liturgia e o ofício de Nossa Senhora.

Chega mesmo a enunciar um princípio hermenêutico bíblico: é necessário ver a Sagrada Escritura não numa só parte, mas no seu conjunto.

Mas o que mais a marca é o magistério de Jesus e a importância dos ensinamentos do Mestre. As palavras de Jesus têm uma grande valência e operatividade, é uma Palavra-acontecimento: «Heme acordado que esta salutación del Señor devía ser mucho más de lo que suena, y el decir a la gloriosa Magdalena que se fuese en paz; porque como las palabras de Señor son hechas como obras en nosotros». «Verdaderas son sus palabras; no pueden faltar; antes faltarán los cielos y la tierra». Expressão da vontade de Deus, a Sua Palavra é como a Sua vontade: «que de una vez que mandó el Señor u pensó en hacer el mundo, fue hecho el mundo. Su querer es obra».

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

AS LIÇÕES DA HISTÓRIA!

A ver se alguém nos ouve!


Hoje, a história da humanidade assinala mais um aniversário do lançamento de duas bombas atómicas sobre o Japão pelos Estados Unidos. A primeira, lançada pelo bombardeiro Enola Gay, atingiu a cidade de Hiroxima no dia 6 de Agosto de 1945, marcando o começo do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Uma segunda bomba foi lançada, sobre Nagasaki no dia 9 desse mesmo mês. Um ano depois, eram 140 mil, o número de mortes em consequência dessas explosões nucleares. Hoje, ainda há 50 mil pessoas que sofrem as consequências das suas radiações.


Ontem, na ONU, Dsisaku Ikeda, que além de ser um activista pela paz e filósofo budista, é presidente de uma das organizações pacifistas mais influentes do Japão, assegura que “para reviver e dar nova energia aos esforços em prol do desarmamento nuclear é preciso desafiar o conceito de que as armas atómicas são um mal necessário”. “Devemos lembrar às pessoas que, embora actualmente não estejam a ser usadas, essas armas representam um enorme custo de recursos monetários, tecnológicos e humanos, consumidos no seu seu desenvolvimento e manutenção”, disse Ikeda.A rede não-governamental Soka Gakkai Internacional, com sede em Tóquio e mais de 12 milhões de membro em 190 países, tem vindo a intensificar os esforços para conseguir o objectivo de um mundo livre de armas nucleares.


Que estes episódios da história da humanidade nos façam reflectir e, na medida das nossas forças, nos levem a ser porta-vozes da necessidade de olhar novo e de manhãs mais claras para o mundo em que vivemos.

Os suspiros,
os sorrisos,
os gestos e os cantos pela paz
têm mesmo de ser quotidianos e em uníssono.
A ver se alguém nos ouve!



ADENDA: 16H45. Via Anabela:


Little Boy - Atom Bomb - Hiroshima

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

NA ROTA DA HISTÓRIA!

Hoje o "post" vai para a minha Émy que devora tudo o que seja história. Como o livro de cabeceira dela, nestes dias, tem sido o livro D. Sebastião, Rei de Portugal de António Villacorta, fica aqui este resumo do enquadramento e da Batalha de Alcácer-Quibir, que ocorreu há 530 anos e fez surgir o mito do sebastianismo e muita tinta fez correr, e ainda faz, desde então.


4 de Agosto de 1578
Batalha de Alcácer-Quibir


Via Wikipédia:

A Batalha de Alcácer-Quibir travou-se no Verão de 1578, em Alcácer-Quibir, entre os Portugueses liderados por D. Sebastião, e os mouros de Marrocos. Dela resultou a derrota dos portugueses e o desaparecimento do próprio D. Sebastião, precipitando a crise dinástica de 1580, e o nascimento do mito do Sebastianismo.
Perto de al-Kasr al-Kebir há uma aldeia denominada Suaken. Foi aqui que se deu a Batalha por nós conhecida por Batalha de Alcácer Quibir e, provavelmente, onde foram, naquela altura, enterrados os três Reis. Ainda hoje aí se encontra um obelisco em memória de D. Sebastião e mais dois em memória dos outros dois Reis. Esta batalha ainda hoje é conhecida em Marrocos como a "batalha dos três Reis".
D. Sebastião, desde novo influenciado pelas lutas que então se desenrolavam no Norte de África como a defesa de Mazagão, em 1562 ao cerco dos mouros, tem intenção de aí intervir, dado entender ser necessário reviver glórias passadas. Assim, desde que toma conta do reino, em 1568, começou a preparar a sua intervenção no Norte de África, que era como que um imperativo nacional, pois se pretendia beneficiar do comércio com esta zona, rico em ouro, gado, trigo, açúcar. Por outro lado, além de oferecer oportunidades à burguesia mercantil, era também um campo de actividade para a nobreza.
Em Marrocos eram constantes as lutas entre as várias facções. O pretexto para a intervenção de D. Sebastião surge com a deposição, em 1576, do sultão Mulay Mohammed pelo sultão Mulei Moluco, este auxiliado pelos Otomanos. Ora, o auxílio dos Otomanos era uma ameaça para a segurança das costas portuguesas e para o comércio com a Guiné, Brasil e as Ilhas atlânticas. Por isso, D. Sebastião decidiu apoiar Mulay Mohammed, que como compensação ofereceu Arzila, e procurou apoio de outros Reis. Filipe II retirou-se. Da Alemanha, Flandres e Itália vieram soldados mercenários e auxílio em armas e munições. Fez-se o recrutamento do exército português, mas verificou-se muita corrupção, o que fez com que o exército expedicionário, de cerca de 15 000 homens, fosse pouco disciplinado, mal preparado, inexperiente e com pouca coesão.
Sebastião partiu de Lisboa a 25 de Junho de 1578, passou por Tânger, onde estava o Mulei Maamede, seguiu para Arzila e daqui para Larache, por terra, havendo quem preferisse que se fosse por mar, para permitir maior descanso às tropas e o necessário reabastecimento em víveres e água. Seguiram depois a caminho de Alcácer Quibir, onde encontraram o exército de Mulei Moluco, muito superior em número. A 4 de Agosto de 1578, com o exército esgotado pela fome, pelo cansaço e pelo calor, deu-se a batalha. Nestas condições, o exército português, pesem alguns actos de grande bravura, foi completamente dizimado, sendo muitos mortos. Apesar de se duvidar da morte do rei português, é provável que ele nesta batalha tenha perecido. Os sobreviventes foram feitos prisioneiros.
O resultado e as consequências desta batalha foram catastróficos para Portugal. D. Sebastião desaparecera, deixando como sucessor o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que veio a falecer dois anos depois. Assim levanta-se uma crise dinástica ameaçando a independência de Portugal face a Espanha, pois um dos candidatos à sucessão era Filipe II de Espanha.
A disputa do trono português teve vários pretendentes: D. Catarina de Médicis, rainha da França, que se dizia descendente de D. Afonso III; D. Catarina, duquesa de Bragança e sobrinha do Cardeal D. Henrique; Manuel Felisberto, duque de Savóia e D. António, Prior do Crato, ambos, sobrinhos do rei; Alberto de Parma e Filipe II.
Filipe efectivamente ascendeu ao trono em 1580. A maioria da nobreza portuguesa que participara na batalha ou morreu ou foi feita prisioneira. Para pagar os elevados resgates exigidos pelos marroquinos, o país ficou enormemente endividado e depauperado nas suas finanças.
Luís Vaz de Camões numa carta a D. Francisco de Almeida, referindo-se ao desastre de Alcácer-Quibir, à ruína financeira da Coroa portuguesa, à independência nacional ameaçada: "Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela".

D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa, in Mensagem



domingo, 3 de agosto de 2008

NA ROTA DO ANO PAULINO!

VIDA DE SÃO PAULO


Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Descende de uma família de judeus da Diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.


Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.


Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.
Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.


Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.


Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.


Quando estava preso em Cesareia, Paulo apelou para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61. Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.

Via PAULUS

No próximo domingo falaremos da Conversão de Paulo.


E continuamos, como prometido aqui, com a indicação da divisão dos textos propostos para o Ano Paulino. Para esta semana os textos do "roteiro" da lectio divina são: 03/08:Rom 7, 7-13;04/08:Rom ,14-20; 05/08: Rom 7,21-25; 06/08: Rom 8,1-4; 07/08: Rom 8,5-8; 08/08: Rom 8, 9-13.