segunda-feira, 22 de setembro de 2008

NOTA BREVE!

DESPEDIDA!


"POR UM MUNDO MELHOR" faz hoje a sua despedida. Estivemos na blogosfera apenas uma meia dúzia de meses mas valeu a pena. Mas hoje resolvemos tomar a decisão de pararmos. O "tempo" que este espaço nos tem exigido tem-nos roubado "tempo" que precisamos para investir noutros projectos. Obrigado a todos os que nos foram visitando e começaram por aqui a criar raízes. No entanto, não deixaremos de "viajar" de quando em vez pelos blogues amigos que fomos encontrando e se tornaram referência para nós.

MENSAGEM FINAL:

Seja a nossa vida um vitral de muitas cores que recebe e dá LUZ.

E, ainda, recordando Gandhi:


Não há um caminho para a paz.
A paz é o caminho
.

CARPE DIEM!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

NA ROTA DOS BLOGUES AMIGOS!

O ACERTAR DAS AGULHAS
NO INÍCIO DE UM NOVO ANO LECTIVO...


Todos os anos por esta altura, quando arrumados os assuntos desde logo arrumáveis, parece que o ânimo me volta, o peso abranda e, por momentos, volto-me a conhecer, num ressurgimento quase ingénuo. Ah, o “,como”! É aí que tudo muda, é aí que nos moveremos no nosso próprio espaço! A grande oportunidade de nos sentirmos, de realizarmos a nossa imagem de “escola-viva”. ... de conquistarmos os nossos alunos ... de ficarmos na memória de alguém... marcos de mudança ou recomeço... como iremos fazê-lo?! Que engenho e arte saberemos nós pôr por sobre o que outros, antes de nós, já nos fizeram o favor de colocar nas primeiras paginas de cada programa? (...)

E se, de repente, metêssemos os livros na gaveta ...
E se, simplesmente, abríssemos a porta...
E, se nada chegássemos a dizer de coisa alguma...
... E se desistíssemos simplesmente de ensinar....

Simplesmente...

Apenas para abrir o apetite para as excelentes postagens que esta semana nos brindou o amigo E.I., sob o título LEITURAS DE FIM DE VERÃO, a ver aqui.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

CONFISSÕES EM RASCUNHO!

Confesso que a azáfama própria do início do ano lectivo (aulas, atendimento dos pais, reuniões, organização dos clubes e AEC's...) e outras actividades em que estou inserido no lugar onde vivo, juntamente com algum cansaço, não me têm permitido viajar pelos espaços da blogosfera que fazem parte do meu mundo - e todos sabemos que isto "rouba" algum tempinho - mas, de mansinho, como já aqui disse em poste anterior, voltaremos às nossas viagens.


Confesso também, apesar de isto dos prémios se poder tornar algo de banal, que foi com alguma alegria que recebi duas distinções:


Esta primeira da parte de três blogues amigos, da Anabela, que desde a primeira hora é um dos meus blogues favoritos e que me começou a cativar pela beleza das fotografias e agora é um porto de abrigo no qual tenho que ancorar todos os dias; do Um Chá no Deserto da Ana que conheci por intermédio do Paulo Lopes no seu A PHOTO A DAY e no qual comecei a apreciar a beleza da sua poesia e que visito com alguma regularidade pese embora os comentários serem raros, porque isto de comentar poesia é para os entendidos; e ainda do Ematejoca Azul da Teresa, que foi aparecendo na blogosfera de mansinho e pouco a pouco foi sendo cúmplice deste blogue e amigos comuns foram fortalecendo os enlaces.





E este, novamente pela Teresa, que escreveu em comentário: "Não consegui deixar de vos nomear, a ti, ao Ccz, ao Janelar... Vós sóis os meus amigos do início na blogosfera, e para mim muito importantes..." Obrigado Teresa.


Confesso, ainda, o meu pecado por adulterar as regras dos prémios e apenas distinguir para os prémios, três e cinco nomeações, respectivamente, e não as 7 (Brilhante) e 13 (Dardos) que seriam as da praxe. Não porque não tivesse mais blogues para nomear, apenas porque senti a necessidade de tornar o número mais reduzido. Ideias.
Assim, nomeio, para o prémio

Brilhante Weblog 2008:

Do Fernando, pelo maravilhoso trabalho em prol da divulgação da música.

Pelo excelente trabalho de divulgação dos trabalhos dos seus alunos e dos seus professores.

Do jovem Nuno, pelo interesse que tem em temas sobre educação (vejam os blogues sobre educação que ele visita), pela sua capacidade crítica sobre a sociedade, pelo seu humor e pelo seu despertar para a política (que bem precisados estamos de políticos com sangue novo e inteligentes).

O Prémio Dardos, que pretende homenagear a criatividade, a inteligência e a cultura na blogosfera, vai para:

Carpe diem!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

PENSAMENTO



A melhor imagem que me ocorre quando penso no trabalho de quem dedica a sua vida à educação de crianças e jovens é o vitral:

O Educador recebe e LUZ

sábado, 13 de setembro de 2008

DIRECTO AO CORAÇÃO!

SEMENTINHAS da PAZ



Em poste mais abaixo, lembrando o 11 de Setembro, a Paula Andrade fez um comentário simples mas comovente e que coloco agora aqui:

Jamais esquecerei esse dia, estava no aeroporto Francisco Sá Carneiro para ver partir uns familiares para férias, começou-se a notar um movimento estranho, forças policiais diferentes do habitual, saí de lá sem nada saber, vou ao Centro Comercial e olho para a televisão e vejo as imagens, fico chocada...para sempre aquelas imagens vão ficar gravadas ma minha memória.
Eu não sabia era que, passados dois anos, eu ia ter uma das maiores alegrias da minha vida, ia nascer a minha filha Beatriz. Quando soube que ela ia nascer nesse 11 de Setembro de 2003,confesso que não fiquei muito contente com a ideia, depois disse: "Paula fica feliz por Deus ter escolhido esse dia, pois vai nascer uma sementinha da paz."Obrigada meu Deus.

E precisamos que todas as crianças sejam sementinhas de paz, assim como os nossos gestos e as nossas palavras.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

NA ROTA DOS BLOGUES AMIGOS!

PARA REFLECTIR... O PODER DAS EMOÇÕES!

Um momento pleno de humanidade e de reflexão que nos propõe o meu amigo CCZ no seu blogue e que vos convido a visitar aqui. E, apesar de serem largos os minutos do filme que ele nos apresenta, vale a pena ver. Para mim foi um bom momento de reflexão. Espero que também o seja para quem lá aparecer... directo ao coração.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

LEMBRANDO O 11 DE SETEMBRO


Não há um caminho para a paz.
A paz é o caminho.
Mahatma Ghandi

NOVO ANO LECTIVO!


Hoje, vamos receber os novos alunos no CIC. Gostei das palavras escritas num dos cartazes de acolhimento:



PRECISAMOS DE TI...
DA TUA BONDADE
DO TEU SORRISO
DO TEU CORAÇÃO...

Que não sejam palavras ocas no coração e na cabecinha dos nossos jovens. Dos que pela vez primeira vão frequentar o CIC e dos que já cá andam. E também, porque não, na nossa cabecinha e coração de adultos.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

"DITOS E ESCRITOS"

Um texto do jornalista Pereira Coutinho que me foi enviado, via mail, pelo meu amigo "Cruzadas":


O FIM ÚLTIMO DA VIDA!


"Não tenho filhos e tremo só de pensar.

Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.


Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três,natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.


Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho,os restaurantes de sonho.


Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.


Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

NOVO ANO!

Começa um novo ano...
por Conceição Coelho


As tão esperadas férias grandes chegaram ao fim...« tão depressa! » lamentam-se uns, « já! » exclamam, incrédulos, outros, « uff!, já não era sem tempo!!! » suspiram de alívio os discentes mais estudiosos, para quem a escola é um espaço aprazível, onde o aprender e desenvolver capacidades são motivação, mais do que suficiente, para acordar sorrindo a cada novo dia que começa.

Centenas de alunos cumpriram com a escolaridade obrigatória e subiram mais um degrau da longa escadaria que os levará ao tão desejado curso superior, ou não...sim porque, na verdade, nem todos têm de ser doutores ( onde é que já ouvi isto?! ), mas o que é certo é que todos gostaríamos de ver os nossos filhos acenando com um « canudo » que, certamente, também nos iria resolver alguns recalcamentos e/ou concretizar sonhos que, em tempos que já lá vão, também foram os nossos...

Chegados ao décimo ano, os alunos deparam-se com uma realidade diferente: novos professores, disciplinas mais específicas, salas equipadas com materiais adequados aos conteúdos a leccionar, colegas que partilham dos mesmos interesses na escola e...fora dela.

Há mais tempo livre, saídas à tarde e à noite, as discotecas, as festas, os bares, as caipirinhas, namorados(as)...e muitos outros vocábulos e/ou expressões passam a fazer parte do vocabulário diário dos alunos, que estão na idade de despertar e descobrir os prazeres da noite que se instala, confortavelmente, na vida dos nossos jovens ávidos de viver, de se divertirem, de ´não perderem nada, de experimentarem tudo........porque « o mundo lhes foge » e,`muitas vezes, o estudo também!

...e o mal maior é que a grande parte dos nossos filhos, jovens alunos encantados, nem se dá conta disso!!!

Quando « acordam » para a realidade, estão a acabar o secundário, tendo-se esquecido-se de lutar por notas melhores, que lhes teriam permitido obter as médias necessárias à Universidade desejada.

Caros jovens alunos,

Na vida, há tempo para tudo: passear, ler, dormir, ajudar em casa, sair com os amigos ( é muito importante termos amigos ) para se divertirem, mas também deve haver tempo para estudar, pesquisar, trabalhar..., não defraudando as expectativas que cada um estabelece para si e para o seu futuro como adulto, participante activo na vida do nosso lindo país «à beira mar plantado».

Caros pais,

Cumpre-nos acompanhar, de forma indelével, mas presente e constante, os nossos filhos. Exige tempo, às vezes esforço, outras vezes abnegação, sempre com muito amor e muita dedicação, mas compensa :) :) :)

Bom ano e bom trabalho para todos.

sábado, 6 de setembro de 2008

NA ROTA DOS JOGOS PARALÍMPICOS.

Iniciaram-se hoje os Jogos Paralímpicos. Ainda que sem a pompa e circunstância dos Jogos Olímpicos, foi uma abertura comovente, cheia de cor, movimento e imensa alegria. A data 6 do 9 do 8, junta três dos números favoritos dos chineses e é, assim, um bom augúrio para os XIII Jogos Paralímpicos. Que eles sejam o espelho das palavras do Presidente do Comité Paralímpico Internacional, Philip Craven: “Durante a competição vamos ver caras de derrota, de vitória, e de alegria, mas sobretudo o espírito paralímpico, aquele que quem vive nunca esquece”. Gostei de ver o colorido, a alegria e o humor da nossa delegação composta por 35 atletas:

E ASSIM SE DESVENDOU O MISTÉRIO!

Atenta, a Renard deu o mote, a Teresa complementou depois de cair na armadilha e, como disse a Anabela, "assim se desvendou o mistério". Aqui fica, pois, a Conceição a apontar para a réplica que se encontra em Paris numa das ilhas do Sena...

... E desde Paris manda um beijinho para todos:

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DESAFIO...

A Conceição enviou-me esta fotografia que tirou durante as férias. Onde é que ela foi tirada?

O CANTINHO DO PADRE MÁRIO!

Jesus chama à sequela

«Muitos são os chamados e poucos os escolhidos»: são estas, entre as palavras do Evangelho, as que Teresa privilegia e que contribuíram para a tornar consciente do projecto de Deus sobre si.

Dentro desta perspectiva mais pessoal, surge o radicalismo evangélico com o seguimento dos conselhos evangélicos no binómio: seguir Cristo e vida de perfeição.

A vida cristã é serviço e o serviço leva a uma ruptura, a uma laceração, mesmo na grande alegria de «poder seguir os conselhos de Nosso Senhor Jesus Cristo», na experiência do seu «jugo suave» e na consciência que n’Ele tudo se pode.

O serviço-sequela é separação, desaparecimento de todas as seguranças; é risco: «Parece-me que quem começa a servir a Deus com verdade, o mínimo que pode oferecer – depois da entrega da vontade – é a vida nómada».

Por isso, o serviço configura-se como cruz: «é um grande fundamento para se livrar das armadilhas e gostos que o demónio dá a quem começa a empreender com determinação o caminho da cruz. O próprio Senhor mostrou este caminho de perfeição, dizendo: “Toma a tua cruz e segue-me”». Jesus é o primeiro servo.

Sequela (seguimento) e serviço têm apenas uma única meta para ela: o partilhar a vida de Cristo. Animada pelo único desejo de «só servir ao seu Cristo crucificado», Teresa compreende que esta condição é necessária para um serviço adequado.

O caminho com Jesus é uma nova criação da existência: «o amor a Deus consiste no servir a Deus com justiça, com firmeza de ânimo e humildade», com «simplicidade de coração». Exige coragem, esquecimento de si, espírito de comunhão, distanciamento das coisas e das pessoas, sofrimento como garantia de um autêntico serviço. Via árdua, mas amada, porque o serviço é sequela de Jesus. Um seguimento não gravoso; não a escuridão duma dor incompreensível, mas a partilha da paixão de Jesus: «Juntos andamos, Senhor; por onde foste, tenho de ir; por onde passaste, hei-de passar».

Jesus é crucificado por amor aos irmãos.
O serviço em Seu favor torna-se, por isso, serviço aos irmãos.

O serviço ao homem é apenas uma resposta, na humildade, ao serviço que o próprio Deus nos fez em Jesus. Jesus serviu, sobretudo, morrendo. Por isso, a consciência de Lhe restituir, numa mínima parte, o serviço recebido, mesmo que traga consigo a experiência última da morte, e também por isto, torna alegre o seguimento, a via real da cruz, que é o próprio crucificado.

O serviço tem ainda um outro qualificativo, o mais alto: é a glória e concerne directamente ao bem da Igreja. Aparece aqui toda a eclesialidade de Teresa, que anima a sua coragem apostólica.

À luz de Jesus que chama, compreende-se a oração de Teresa, o seu desejo de serviço/libertação de Cristo:

«Muera ya este yo,
y viva en otro que es más que yo,
y para mejor que yo,
para que yo le pueda servir:
El viva y me vida;
El reine y sea yo cautiva,
que no quiere mi alma otra libertad».

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

DE MANSINHO!

De mansinho...
Sim, de mansinho volto a este meu espaço.
Pensei que ia ser apenas de uma semana a minha ausência. Mas não. Foram três as semanas fora do mundo da blogosfera, qual caracol que se aconchega aos seus e se coloca longe do mundo e de todos. Um desligar total. Nada li nem escrevi. O tempo foi dedicado a mil e uma outras coisas. Soube bem. Descansei em pleno esta cabecinha para o novo ano lectivo que anteontem começou.

Hoje volto... De mansinho... E de mansinho irei começar a visitar alguns amigos e beber das novidades que vá encontrando. Sem pressas. Isto de visitar os amigos (e de os receber neste meu espaço) é um direito e não um dever, por isso vou tranquilo no meu percorrer pelos espaços que me comovem e me ajudam a ser melhor pessoa. Aqui vou eu de novo. E sejam bem-vindos os que novamente aqui voltarem e os que pela vez primeira aqui pararem.

De mansinho... Um bom ano de trabalho.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

TELEGRAMA!

AMIGOS...
.
PREPARATIVOS
.
PARTIDA
1 SEMANA
.
AUSÊNCIA da BLOGOSFERA
................................

CARPE DIEM!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

RETALHOS DE VIDA!



Encontrei, há dias, o M. A., com a sua esposa e os seus dois filhos, no Arrábida Shopping. Há tempos que não nos víamos. Trocamos galhardetes e lá falamos de nós e das nossas famílias. Conheci a S., sua esposa, já namoravam há cerca de dois anos. Era uma paixão da escola primária, desfeita com a sua entrada no seminário depois de completar a quarta classe. Enredados por caminhos diferentes, longe de qualquer um dos dois pensar que o destino os levaria ao altar, até à altura em que saiu do seminário, um pouco antes de completar os 16 anos e o 11º ano terminado. Quando a conheci, ao olhar a sua figura frágil, tez morena, olhos de um castanho com tons de verde e cabelo curto, sem grandes rasgos de beleza que nos fizesse cair em tentação, perguntei a mim próprio se não poderia ter arranjado encanto melhor que aquele que se me apresentava. Não lhe disse nada. Apenas dei os parabéns aos dois e desejei-lhes felicidades. Com o andar dos dias, uns encontros casuais que fomos tendo, sobretudo aos domingos de tarde, quando nos encontrávamos para um café ou uns minutos de conversa no Cruz de Cristo, café do nosso amigo Carlos, fui-me apercebendo da beleza interior da S.. Do quanto apreciava a vida e os seus ideais e valores. Apreciava o seu sorriso largo ao falar do futuro, dos seus projectos a nível profissional e familiar… Pouco a pouco fui sendo cativado por ela e já dizia para comigo: Que rapariga bonita! Por vezes as aparências iludem. Espreme -se a laranja e nada de sumo. Ali foi ao contrário.

Não fui ao casamento deles porque me encontrava longe, de férias. Passados não mais que seis meses do casamento, o M.A. pediu para falar comigo. Precisava desabafar. E lá me foi contando as contas do seu rosário e das dificuldades que estava a ter no casamento. Amava-a como nunca e sentia que a S. também o amava. Mas havia, dizia, qualquer coisa que não batia certo. Ela que havia sido sempre meiga, mostrava-se, agora, um pouco “mandona”. Habituado a que tudo fosse feito pelas mulheres na casa dos pais, fruto de uma educação já desusada para a época e o ter três irmãs que tudo faziam, não se habituou ao facto de que é preciso ajudar nas lides de casa e que as idas ao café com os amigos depois do jantar, e por lá ficar à roda do bilhar snooker, as idas ao futebol, paixão acérrima pelo F.C.P., eram coisas que teria que ir negociando e equacionar até que ponto poderiam ser um entrave para o seu novo contexto de vida. Enfim, tinha que amadurecer para uma vida a dois, para a partilha e cedência que deve existir na vida do casal. Disse-lhe de rompante: divorcia-te. Ficou chocado com o que lhe disse. “Não esperava que me dissesses isso. És o meu melhor amigo. Sempre nos ajudamos durante o tempo de seminário e dizes-me que me divorcie, sem mais nem menos?” Foi dizendo. Acrescentei: “Divorcia-te da mulher e da vida que tens na cabeça e casa-te de uma vez para sempre com a mulher de carne e osso com quem acordaste viver e com a vida que agora te é dado viver. Do que conheço da S., parece-me ser uma pessoa maravilhosa (e lá lhe contei sobre a impressão primeira que tive da S.). Não a percas.” Ficou, ali, largos minutos em silêncio. Não disse nada. Deu-me um abraço e foi-se embora. Encontramo-nos quase três meses depois. Não tocamos no assunto. Mas a serenidade dos dois, a alegria e o carinho que transpiravam fez-me sentir que tudo estava bem. Testemunho disso são os 20 anos de casamento e os dois maravilhosos filhos que têm.

NA ROTA DA HISTÓRIA!

FEIRA MEDIEVAL
EM TERRAS DE SANTA MARIA

O ASSALTO AO CASTELO

Como já aqui fizemos referência, na Feira Medieval que ontem terminou nas Terras de Santa Maria, foi recriado o "Assalto ao Castelo". Os espaços completamente lotados para assistir a um momento que emocionou todos os presentes. Foi uma Viagem Medieval que nos levou ao reinado de D. Dinis, quando o rei entra em guerra com o seu filho – futuro D. Afonso IV –, na década de 20 do século XIV. O Castelo da Feira fica na mira do príncipe rebelde, que o toma. D. Dinis recupera-o, mas, no final, com a intervenção da rainha santa Isabel, faz as pazes com o filho a quem concede o Castelo feirense. Foi, pois, recriada uma época de guerra civil, mas também de paz e de conciliação.

Da "Foto-Polo", depois do excelente vídeo da chegada dos Templários, eis o do Assalto ao Castelo (vale a pena ver até ao fim):


domingo, 10 de agosto de 2008

DESAFIO...

Por onde andou, hoje, a Conceição a passear?

TÁ DITO... E BEM DITO!

Por causa de comentário uns andares mais abaixo, lembrei-me que há tempos, um vizinho que aqui veio por causa de uma questão de acessos, no meio da troca de impressões sobre o assunto em causa, a Émy interveio, com toda a delicadeza na discussão, tendo o nosso vizinho dito: “Onde canta o galo não canta a galinha”… A Émy não se conteve: “ se assim é em sua casa… não é o que se passa na nossa…” O homem ficou atarantado! Estão a ver a cena, não estão? Colocou o rabo entre as pernas e foi-se embora. E tá dito! - À moda do Cumpadre Besberto-, e bem dito! É assim mesmo. E ponto final. Está aberta a sessão!

TEARES!

Os nossos nomes em Árabe, uma gentileza dum amigo da Anabela, de nome Sahel
راؤول مارتينس
(Martins Raul)
كاترينا
(Emília)
اميليا
(João)
شكرا
(Catarina)

NA ROTA DO ANO PAULINO!

A CONVERSÃO DE PAULO



Como prometido na semana passada, hoje falamos aqui da Conversão de Paulo, via PAULUS:


Ainda adolescente, sem idade para poder apedrejar, assistiu ao martírio do diácono Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. (Act 8,1).


Paulo, hebreu convicto, perseguia os cristãos porque os considerava como hereges, como uma seita contrária à verdadeira fé, que ameaçava a autoridade religiosa do judaísmo.
No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes, para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém.
Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» Saulo perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer» (Act 9,1-7). Perseguindo os membros da Igreja, Paulo estava a perseguir Cristo que é a sua Cabeça.
Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: «Para mim viver é Cristo» (Fl 1-21); «Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.» (Gl 2,20)
Desde aquele momento começa para Paulo uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que terminará em Roma com o martírio.

E continuamos, como prometido aqui, com a indicação da divisão dos textos propostos para o Ano Paulino. Para as duas próximas semanas, os textos do "roteiro" da lectio divina são: 10/08:Rom 8, 18-23;11/08:Rom 8, 24-27; 12/08: Rom 8, 28-30; 13/08: Rom 8, 31-34; 14/08: Rom 8, 35-39; 15/08: Rom 9, 1-8;16/08:Rom 9, 9-13; 17/08:Rom 9, 14-18; 18/08: Rom 9, 19-26; 19/08:Rom 9, 27-33; 20/08: Rom 10, 1-4; 21/08: Rom 10, 5-13; 22/08: Rom 10, 14-21; 23/08: Rom 11, 1-6.



sábado, 9 de agosto de 2008

PAIS E VIDA ESCOLAR


VIA CONFAP


Para uma maior cidadania
e prevenção da indisciplina
e violência nas escolas
.


Comissão de Educação e Ciência elaborou o relatório [link] sobre a Petição n.º 496/X/3ª, entregue pela CONFAP na Assembleia da República, remetendo-o à Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública. O Ministério da Educação, no âmbito das consultas da Comissão de Educação e Ciência, enviou um parecer [link] favorável às medidas reivindicadas pela CONFAP na petição.


A CONFAP propõe que, no Código do Trabalho, se garanta o crédito horário de 4 horas por filho e por mês na deslocação à escola, a todos os pais e encarregados de educação, no exercício dos seus direitos e deveres parentais de acompanhamento da vida escolar dos seus filhos e educandos, sendo estas faltas consideradas como justificadas sem perda de remuneração.

DESAFIO!

Para onde é que o "Jota" está a olhar com os óculos de sol da mãe?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

BEIJING 2008

UMA OPORTUNIDADE PARA A CHINA!

Acabou de ser içada a bandeira dos jogos olímpicos, ao som do belíssimo Hino Olímpico, cantado por um coro de crianças vestidas com trajes de todos os países presentes. O acender da Chama Olímpica no estádio foi fabulosa. Que o colorido, a magia, o encanto, que verificamos na Cerimónia de abertura permaneçam durante os jogos e que eles sejam um pretexto para reflectir e continuar a pressão sobre a China no sentido de um maior compromisso no que aos direitos humanos diz respeito. Que as Olimpíadas de Beijing sejam uma oportunidade da China demonstrar a sua capacidade de integrar-se e abrir-se ao mundo.

Que a Pomba da Paz prolongue o seu voo a todos os Continentes do nosso planeta levando a mensagem de que é preciso que os homens unam esforços em prol de um mundo mais humano e onde os Direitos Humanos sejam uma realidade adquirida:

E o nosso voto de felicidades e boas prestações aos atletas que nos representam:

DESAFIOS


Onde é que se encontra este vitral? Algures no Porto.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

NA ROTA DA HISTÓRIA

FEIRA MEDIEVAL
EM TERRAS DE SANTA MARIA



















Fotos do Raul e João Martins


Como nos anos anteriores, não podíamos deixar de ir à Feira Medieval, aqui bem perto, no Concelho vizinho das Terras de Santa Maria. O meu aplauso por ver que a organização primou por melhorias interessantes: aumento da área da Feira (pelo menos fiquei com essa impressão); melhor organização dos espaços; melhores condições sanitárias (a "esterqueira", como vinha assinalado), ainda que desejássemos muito mais mas para tanta gente é impossível; mais e melhor oferta das "tabernas" para aconchegar o estômago dos visitantes; a "loja" medieval; mais parques de estacionamento; o arrelvamento da maioria dos espaços, evitando as poeiras que se levantam com o passar dos visitantes; o projecto "Criança Segura", com a colocação de uma pulseira que permite à criança, que eventualmente se perca, poder encontrar os familiares; os posteres informativos em todos os espectáculos conjunto de espectáculos diversificados para crianças e jovens, enfim, uma melhoria assinalável, ecologicamente falando e, por isso, o meu aplauso.

Ontem, o dia foi fabuloso com a encenação do "Assalto ao Castelo". Os espaços completamente lotados para assistir a um momento que emocionou todos os presentes. Foi uma Viagem Medieval que nos levou ao reinado de D. Dinis, quando o rei entra em guerra com o seu filho – futuro D. Afonso IV –, na década de 20 do século XIV. O Castelo da Feira fica na mira do príncipe rebelde, que o toma. D. Dinis recupera-o, mas, no final, com a intervenção da rainha santa Isabel, faz as pazes com o filho a quem concede o Castelo feirense. Foi, pois, recriada uma época de guerra civil, mas também de paz e de conciliação. Um pequeno vídeo, já quase na parte final, aquando do incêndio do Castelo. Bem gostaríamos de ter feito uns vídeos mais deste evento mas fomos traídos pela bateria da máquina.



Um conjunto de fotografias da Feira Medieval e do "Assalto ao Castelo" (aparecem na parte final e vale a pena ver) da "Foto-Polo" a ver aqui.

Da "Foto-Polo", um excelente vídeo da chegada dos Templários:

E ficamos à espera, dos meus autores, da publicação do Assalto ao Castelo".

DESAFIO

De onde foi tirada esta fotografia?

O CANTINHO DO PADRE MÁRIO!

Jesus é o Mestre.

Jesus «pediu-nos e ensinou-nos a pedir (...) todas as coisas que podemos desejar na terra». Ele, que ama o Pai, educa-nos a amá-Lo.

Jesus aparece como o Livro e como o Mestre interior de quem Teresa se torna uma boa discípula.

O Magistério de Jesus, mestre da sapiência, sapiência eterna, culmina, para Teresa, no ensino do Pai-nosso, que Tertuliano chama de «compêndio de todo o Evangelho». Do mesmo modo, para ela, é a «oração evangélica, que encerra em si todo o caminho espiritual, desde o princípio até nos engolfar em Deus e nos dar de beber na abundante fonte de água viva».

Para conhecer o mestre que ensina esta oração, Teresa evidencia alguns aspectos do magistério de Jesus. Ele ensinou os conteúdos a rezar, mas também a modalidade da oração, o segredo, a solidão, expressões de uma dedicação no qual o eu vem eclipasado da presença do Único a quem vai dirigida a atenção. Ensinou, sobretudo, com a totalidade da vida, o estilo cristão: a humildade, a paciência...

A pedagogia de Jesus serve-se de meios simples, feriais: ensina com a palavra, que dá «luz e segurança», atrai e enche de amor os discípulos. Ensina dentro de nós: «sem ruído de palavras opera na alma sem mestre»: «Es menester recoger estos sentidos esteriores a nosotros mesmos y que les demos en qué se ocupar, pues es ansí que tenemos el cielo dentro de nosotros, pues el Señor de él lo está. Y si una vez comenzamos a gustar de que no es menester dar voces para hablarle – porque Su Majestad se dará a sentir cómo está allí».

O magistério de Jesus, «nosso mestre e modelo», «doce mestre e Senhor», é feito de comunhão e de proximidade.

Teresa liga-se ao filão da interioridade agostiniana: «pues nunca el maestro está tan lejos del discípulo que sea menester dar voces, sino muy junto. Esto quiero yo veáis vosotras os conviene para rezar bien el Paternóster: no os apartar de cabe el Maestro que os le mostró». «Representad al Señor junto con vos y mirad con qué amor y humildad os está enseñando». Não se vê o mestre que instrui, mas compreende-se que é Ele.

Ensina através da «Palavra de Deus na Escritura», sendo o Deus da revelação cristã; mas, sobretudo, através do Evangelho.

Ainda no que diz respeito à Sagrada Escritura, na sua globalidade, relativamente ao uso no seu tempo, Teresa alimentou-se dela com grande abundância. O livro da liturgia das horas punha-lhe em mãos muitos textos Sagrados, se bem que o latim fosse uma grande dificuldade para ela, no entanto, tinha acesso a livros bíblicos como o Cântico dos cânticos, a liturgia e o ofício de Nossa Senhora.

Chega mesmo a enunciar um princípio hermenêutico bíblico: é necessário ver a Sagrada Escritura não numa só parte, mas no seu conjunto.

Mas o que mais a marca é o magistério de Jesus e a importância dos ensinamentos do Mestre. As palavras de Jesus têm uma grande valência e operatividade, é uma Palavra-acontecimento: «Heme acordado que esta salutación del Señor devía ser mucho más de lo que suena, y el decir a la gloriosa Magdalena que se fuese en paz; porque como las palabras de Señor son hechas como obras en nosotros». «Verdaderas son sus palabras; no pueden faltar; antes faltarán los cielos y la tierra». Expressão da vontade de Deus, a Sua Palavra é como a Sua vontade: «que de una vez que mandó el Señor u pensó en hacer el mundo, fue hecho el mundo. Su querer es obra».

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

AS LIÇÕES DA HISTÓRIA!

A ver se alguém nos ouve!


Hoje, a história da humanidade assinala mais um aniversário do lançamento de duas bombas atómicas sobre o Japão pelos Estados Unidos. A primeira, lançada pelo bombardeiro Enola Gay, atingiu a cidade de Hiroxima no dia 6 de Agosto de 1945, marcando o começo do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Uma segunda bomba foi lançada, sobre Nagasaki no dia 9 desse mesmo mês. Um ano depois, eram 140 mil, o número de mortes em consequência dessas explosões nucleares. Hoje, ainda há 50 mil pessoas que sofrem as consequências das suas radiações.


Ontem, na ONU, Dsisaku Ikeda, que além de ser um activista pela paz e filósofo budista, é presidente de uma das organizações pacifistas mais influentes do Japão, assegura que “para reviver e dar nova energia aos esforços em prol do desarmamento nuclear é preciso desafiar o conceito de que as armas atómicas são um mal necessário”. “Devemos lembrar às pessoas que, embora actualmente não estejam a ser usadas, essas armas representam um enorme custo de recursos monetários, tecnológicos e humanos, consumidos no seu seu desenvolvimento e manutenção”, disse Ikeda.A rede não-governamental Soka Gakkai Internacional, com sede em Tóquio e mais de 12 milhões de membro em 190 países, tem vindo a intensificar os esforços para conseguir o objectivo de um mundo livre de armas nucleares.


Que estes episódios da história da humanidade nos façam reflectir e, na medida das nossas forças, nos levem a ser porta-vozes da necessidade de olhar novo e de manhãs mais claras para o mundo em que vivemos.

Os suspiros,
os sorrisos,
os gestos e os cantos pela paz
têm mesmo de ser quotidianos e em uníssono.
A ver se alguém nos ouve!



ADENDA: 16H45. Via Anabela:


Little Boy - Atom Bomb - Hiroshima

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

NA ROTA DA HISTÓRIA!

Hoje o "post" vai para a minha Émy que devora tudo o que seja história. Como o livro de cabeceira dela, nestes dias, tem sido o livro D. Sebastião, Rei de Portugal de António Villacorta, fica aqui este resumo do enquadramento e da Batalha de Alcácer-Quibir, que ocorreu há 530 anos e fez surgir o mito do sebastianismo e muita tinta fez correr, e ainda faz, desde então.


4 de Agosto de 1578
Batalha de Alcácer-Quibir


Via Wikipédia:

A Batalha de Alcácer-Quibir travou-se no Verão de 1578, em Alcácer-Quibir, entre os Portugueses liderados por D. Sebastião, e os mouros de Marrocos. Dela resultou a derrota dos portugueses e o desaparecimento do próprio D. Sebastião, precipitando a crise dinástica de 1580, e o nascimento do mito do Sebastianismo.
Perto de al-Kasr al-Kebir há uma aldeia denominada Suaken. Foi aqui que se deu a Batalha por nós conhecida por Batalha de Alcácer Quibir e, provavelmente, onde foram, naquela altura, enterrados os três Reis. Ainda hoje aí se encontra um obelisco em memória de D. Sebastião e mais dois em memória dos outros dois Reis. Esta batalha ainda hoje é conhecida em Marrocos como a "batalha dos três Reis".
D. Sebastião, desde novo influenciado pelas lutas que então se desenrolavam no Norte de África como a defesa de Mazagão, em 1562 ao cerco dos mouros, tem intenção de aí intervir, dado entender ser necessário reviver glórias passadas. Assim, desde que toma conta do reino, em 1568, começou a preparar a sua intervenção no Norte de África, que era como que um imperativo nacional, pois se pretendia beneficiar do comércio com esta zona, rico em ouro, gado, trigo, açúcar. Por outro lado, além de oferecer oportunidades à burguesia mercantil, era também um campo de actividade para a nobreza.
Em Marrocos eram constantes as lutas entre as várias facções. O pretexto para a intervenção de D. Sebastião surge com a deposição, em 1576, do sultão Mulay Mohammed pelo sultão Mulei Moluco, este auxiliado pelos Otomanos. Ora, o auxílio dos Otomanos era uma ameaça para a segurança das costas portuguesas e para o comércio com a Guiné, Brasil e as Ilhas atlânticas. Por isso, D. Sebastião decidiu apoiar Mulay Mohammed, que como compensação ofereceu Arzila, e procurou apoio de outros Reis. Filipe II retirou-se. Da Alemanha, Flandres e Itália vieram soldados mercenários e auxílio em armas e munições. Fez-se o recrutamento do exército português, mas verificou-se muita corrupção, o que fez com que o exército expedicionário, de cerca de 15 000 homens, fosse pouco disciplinado, mal preparado, inexperiente e com pouca coesão.
Sebastião partiu de Lisboa a 25 de Junho de 1578, passou por Tânger, onde estava o Mulei Maamede, seguiu para Arzila e daqui para Larache, por terra, havendo quem preferisse que se fosse por mar, para permitir maior descanso às tropas e o necessário reabastecimento em víveres e água. Seguiram depois a caminho de Alcácer Quibir, onde encontraram o exército de Mulei Moluco, muito superior em número. A 4 de Agosto de 1578, com o exército esgotado pela fome, pelo cansaço e pelo calor, deu-se a batalha. Nestas condições, o exército português, pesem alguns actos de grande bravura, foi completamente dizimado, sendo muitos mortos. Apesar de se duvidar da morte do rei português, é provável que ele nesta batalha tenha perecido. Os sobreviventes foram feitos prisioneiros.
O resultado e as consequências desta batalha foram catastróficos para Portugal. D. Sebastião desaparecera, deixando como sucessor o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que veio a falecer dois anos depois. Assim levanta-se uma crise dinástica ameaçando a independência de Portugal face a Espanha, pois um dos candidatos à sucessão era Filipe II de Espanha.
A disputa do trono português teve vários pretendentes: D. Catarina de Médicis, rainha da França, que se dizia descendente de D. Afonso III; D. Catarina, duquesa de Bragança e sobrinha do Cardeal D. Henrique; Manuel Felisberto, duque de Savóia e D. António, Prior do Crato, ambos, sobrinhos do rei; Alberto de Parma e Filipe II.
Filipe efectivamente ascendeu ao trono em 1580. A maioria da nobreza portuguesa que participara na batalha ou morreu ou foi feita prisioneira. Para pagar os elevados resgates exigidos pelos marroquinos, o país ficou enormemente endividado e depauperado nas suas finanças.
Luís Vaz de Camões numa carta a D. Francisco de Almeida, referindo-se ao desastre de Alcácer-Quibir, à ruína financeira da Coroa portuguesa, à independência nacional ameaçada: "Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela".

D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa, in Mensagem



domingo, 3 de agosto de 2008

NA ROTA DO ANO PAULINO!

VIDA DE SÃO PAULO


Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Descende de uma família de judeus da Diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.


Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.


Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.
Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.


Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.


Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.


Quando estava preso em Cesareia, Paulo apelou para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61. Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.

Via PAULUS

No próximo domingo falaremos da Conversão de Paulo.


E continuamos, como prometido aqui, com a indicação da divisão dos textos propostos para o Ano Paulino. Para esta semana os textos do "roteiro" da lectio divina são: 03/08:Rom 7, 7-13;04/08:Rom ,14-20; 05/08: Rom 7,21-25; 06/08: Rom 8,1-4; 07/08: Rom 8,5-8; 08/08: Rom 8, 9-13.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O HIP-HOP E A POBREZA!

HIP-HOP, POBREZA - STOP


Foi ontem, na Fundação Filos, apresentado o projecto Hip-Hop, pobreza STOP. Na voz do Padre José Martins Maia, foi dado o pontapé de arranque deste projecto que consiste num concurso que pretende dar vez e voz ao jovens que querem "verbalizar preocupações sociais e dizer o que pensam do país onde vivem" na linguagem musical rap ou através de graffitis. Este projecto é apoiado pelo Correio da Manhã, RTP e Antena 3.


Bruno, P.e Maia, Isabel Rodrigues (C. M.), José Fragoso (RTP) e Rui Miguel (Antena 3).

Andreia, foi desafiada a gravar para o "Só Visto" e aqui está ela em grande estilo. Aqui fica um pedacinho filmado por nós:

Também o grupo de Hip-Hop do C.I.C. actuou na apresentação deste concurso e também repetiu a dose para a R.T.P. para uma reportagem a passar no "Só Visto". Um pedacinho da sua actuação:





O Rui Miguel, sempre simpático e acolhedor

Com o padre Cavadas, director pedagógico do C.I.C.

Os "graffitis" do Bruno e do Nelson




quinta-feira, 31 de julho de 2008

O CANTINHO DO PADRE MÁRIO!

Jesus pobre, manso e crucificado


O Jesus homem do qual se enamora Teresa qualifica-se prioritariamente como o pobre, o crucificado, o que tomou sobre si toda a debilidade da existência humana, o Seu deserto, a Sua fome/sede de esperança.

S. Teresa é atraída pela crua realidade da incarnação. Em primeiro lugar é impressionada por representações da paixão de Jesus, depois é o crucificado do Evangelho a prendê-la, na concretização brutal do Seu sofrimento, quer na Sua oração no horto, quer nos vários momentos da paixão.

Jesus crucificado é, para ela, o sinal mais radical de pobreza, aquele que não teve nem casa nem lugar para poder reclinar a cabeça; depois o pobre que sempre viveu entre as tribulações duma vida cheia de angústias, injúrias e desprezos, assinada com uma paixão dolorosa, até estar, «en la cruz tan pobre y desnudo». Por último, o crucificado que experimentou o abandono da parte de Deus, que foi triturado pela dor. Teresa é subjugada pela figura de Jesus destruído pelo medo aterrador da impotência do Getsémani.

A divina não razoabilidade do sofrimento de Cristo, o seu paradoxo salvífico, ou seja, a via da cruz, seguida por Jesus, não como um acto heróico, mas no sofrimento e na impotência, torna-se a via real para cada cristão: «que por este camino fue Cristo han de ir los que le siguen, si no se quieren perder». «Si lo es, Dio mío, muramos con Vos, como dijo santo Tomás, que no es otra cosa sino morir muchas vezes vivir sin Vos, y con estos temores de que puede ser posible perderos para siempre».

Um gesto aparentemente não muito difícil: «Ya sabe que si ha de gozar del Crucificado ha de pasar cruz; y esto no es mester que lo pidan, que a los que Su Majestad ama llévalos como a su Hijo».

Mas o acolhê-la ou não, depende da liberdade, é fruto de uma escolha. Depende do homem que entrar na lógica da pobreza de espírito, encontrar a sua dignidade de homem e a sua glória no estar ao pé da cruz com S. João.

É a única via da redenção, que passa pela desolação. A via do servo fiel, que a todo o custo, sendo firme, segue o Senhor onde quer que vá.

Teresa lê, na cruz, toda a manifestação do mistério de Cristo, a realização do Seu projecto salvífico. É deslumbrada pela tensão com que Jesus, no pleno cumprimento da vontade do Pai, deseja a hora da kenosi, que é a hora da salvação e da glorificação.

A kenose de Jesus, a sua cruz, torna-se glória: pela absoluta gratuidade, pela potência de libertação. Torna-se conforto no sofrimento, modo de comunhão gozosa com Jesus, fonte de exultação.

Por conhecer o sofrimento, o Crucificado sabe recriar toda a vida humana. Transporta em si uma benevolência, uma graça que marca toda a sua existência. É o «manso e humilde de coração» capaz de confortar os que perderam a fé, consolar os que sofrem. É aquele que tem compaixão pelos homens, dos pecadores, dos débeis, como na ressurreição de Lázaro, que considera feito a si o que se fizer ao mais pequeno. É a mansidão de Jesus, o «mansíssimo cordeiro».

quarta-feira, 30 de julho de 2008

MENSAGENS DO MEU BAÚ!

Os suspiros,
os sorrisos,
os gestos e os cantos pela paz
têm mesmo de ser quotidianos e em uníssono.
A ver se alguém nos ouve!



Eurythmics - I Saved The World Today