domingo, 10 de agosto de 2008

NA ROTA DO ANO PAULINO!

A CONVERSÃO DE PAULO



Como prometido na semana passada, hoje falamos aqui da Conversão de Paulo, via PAULUS:


Ainda adolescente, sem idade para poder apedrejar, assistiu ao martírio do diácono Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. (Act 8,1).


Paulo, hebreu convicto, perseguia os cristãos porque os considerava como hereges, como uma seita contrária à verdadeira fé, que ameaçava a autoridade religiosa do judaísmo.
No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes, para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém.
Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» Saulo perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer» (Act 9,1-7). Perseguindo os membros da Igreja, Paulo estava a perseguir Cristo que é a sua Cabeça.
Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: «Para mim viver é Cristo» (Fl 1-21); «Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.» (Gl 2,20)
Desde aquele momento começa para Paulo uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que terminará em Roma com o martírio.

E continuamos, como prometido aqui, com a indicação da divisão dos textos propostos para o Ano Paulino. Para as duas próximas semanas, os textos do "roteiro" da lectio divina são: 10/08:Rom 8, 18-23;11/08:Rom 8, 24-27; 12/08: Rom 8, 28-30; 13/08: Rom 8, 31-34; 14/08: Rom 8, 35-39; 15/08: Rom 9, 1-8;16/08:Rom 9, 9-13; 17/08:Rom 9, 14-18; 18/08: Rom 9, 19-26; 19/08:Rom 9, 27-33; 20/08: Rom 10, 1-4; 21/08: Rom 10, 5-13; 22/08: Rom 10, 14-21; 23/08: Rom 11, 1-6.



3 comentários:

Avó Pirueta disse...

S. Paulo é, para mim, um Santo muito complexo. A sua conversão completa, comove-me. Mas tenho que fazer um enorme esforço para me lembrar em que altura escreveu as Cartas para aceitar uma certa antipatia que sinto que ele tinha pelas mulheres. Não sei porquê, ou então sei... Outro aspecto que me impressiona é que ele vive orgulhosamente a sua Fé e a sua cidadania, sem temores nem falsas humildades. Um parente meu, Padre, diz que é dele a seguinte máxima, que adoptei como uma das minhas e que, numa tradução muito livre, diz: "Sê bom; não precisas de ser parvo". Esta parte mais humana do seu perfil também é interessante. Pronto. Aqui vai o meu contributo paulino, mais leve, para aproximar aqueles que pensam que os Santos são feitos de uma massa diferente da nossa. Não são, não, senhor: são de carne e osso, tem dores, dúvidas e amores, mas têm sobretudo Coragem, a coragem de não trair as promessas que os seus pais e padrinhos fizeram por eles no Baptismo: ser cristão. E ser cristão é ser, tentar ser, tanto quanto possível, outro Cristo entre Cristos. Avó Pirueta, com um beijinho para a minmha Famíla Feliz.
PS. Raul, o Carlos cita-te num dos últimos mpostes. O que é que andaram a escrever?

Raul Martins disse...

Olá Carmo!
Um Santo complexo, sem dúvida!
A certa antipatia que sentes no discurso de Paulo sobre as mulheres é legítimo. Realmente Paulo não foi feliz nas passagens em que se dirige às mulheres, nos exemplos paradigmáticos da Carta Primeira aos Coríntios (algures no capítulo 14) e a Timóteo (capítulo 2). Não sou da opinião dalgumas correntes que dizem que aqueles textos são posteriores interpolações e não são originais de Paulo. Ficando, assim, Paulo salvo de críticas. Eu penso que se deve aceitar sem complexos que são textos de Paulo e entendê-lo adequadamente inserindo-o no contexto, tanto judaico como pagão, do seu tempo, ou seja, aquilo que referes em “lembrar a altura em que as escreveu”. Um contexto social muito hierarquizado (Paulo evita, assim, afrontar as estruturas) e em que o ensino estava nas mãos dos rabinos. Questões mais sociológicas que teológicas, talvez! O lado humano dos homens, sem complexos.
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Sabes que estes temas do papel da mulher na sociedade e na Igreja são recorrentes entre mim e a Émy. Ainda há tempos, um vizinho que aqui veio por causa de uma questão de acessos, a Émy interveio, com toda a delicadeza na discussão e sabes o que ele disse? “Onde canta o galo não canta a galinha”… A Émy não se conteve…. “ se assim é em sua casa… não é o que se passa na nossa…”. O homem ficou atarantado e foi-se embora. Não é só no tempo de Paulo… Infelizmente.
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Quanto ao que dizes do Carlos, fui lá dar uma espreitadela e realmente vi lá uma referência a mim e à Paula Campos (ele escreve muito em inglês e eu como nada sei de inglês… fujo… por isso não me dei conta de que eu estava lá metido no meio… mas é um propósito meu o aprender inglês e ele faz questão de não me esquecer disso). Referem-se a questões que vamos partilhando quando nos encontramos no Colégio. O que escrevemos tem que ver com questões do processo ISO em que estamos envolvidos.
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Um dos trabalhos para o mestrado teve algumas dicas do Carlos e tive 18. Ainda não lhe disse nada sobre isso. És a primeira a saber.
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Isto já está um comentário longo…
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Carpe diem!

Raul Martins disse...

E esqueci-me, um beijinho de todos nós.
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A Família feliz, como gostas de dizer. A Émy vai a meio do livro sobre D. Sebastião.
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E guarda-me bem o filme.