terça-feira, 10 de junho de 2008

CONSTRUIR PORTUGAL!



Desejo ardentemente
que Portugal viva:
com pão,
com trabalho,
com dignidade,
com sonho,
com futuro


Sou, sem querer, mais uma voz a juntar-se à de tantos e tantos portugueses que vivem mergulhados num grande desânimo quanto ao presente e num grande medo quanto ao futuro. Estes sentires vão-se manifestando um pouco por tudo quanto é sítio e será muito desejável que se lhes acuda a tempo.

Portugal anda muito mal disposto, Portugal está zangado, Portugal não pode esperar mais: os portugueses precisam de trabalho justamente remunerado, precisam de pão na sua mesa, precisam de ver respeitados os seus direitos enganados de saúde, de justiça, de educação, de segurança.


Os responsáveis deste país que ouçam com atenção e humildade os clamores dos cidadãos que lhes confiaram a sua sorte, não tenham em segunda conta ou em conta nenhuma os avisos dos experimentados, atentem bem naquilo que nos dizem de fora – União Europeia – e naquilo que nos dizem cá de dentro, como por exemplo, Mário Soares e o Presidente da República.


Espantam-nos, a sério, os dois mundos que se vão construindo em Portugal: o mundo lá de cima, dos ultra-ricos e ultra-remunerados, e o mundo cá de baixo, dos pobres e ultra-pobres. Até já os da faixa do meio sentem o terreno a fugir-lhes.
Tenho passado a minha vida nesta luta, quantas vezes gritando que a fome é má companhia e má conselheira.

Com todos os meus concidadãos, desejo ardentemente que Portugal viva:
com pão,
com trabalho,
com dignidade,
com sonho,
om futuro.
E continuo a acreditar firmemente que todos juntos podemos e vamos construir um Portugal assim.


D. Manuel Martins,
in Notícias Magazine
de 08/06/2008

6 comentários:

Anónimo disse...

queu e a nha maria tâmos munte co senhôre ca dice éstas palávras munte xeias de verdáde. ó porfessor quisto tá mêmo xeio de verdáde né?
um abrace daqui dagente.

Avó Pirueta disse...

Pois claro, Cumpadre. Este Senhor que falou para mim é um livro aberto. Sabe que ele já sentiu na pele a coragem de falar quando os outros se calavam. Um vez, ainda Deus Nosso Senhor anadava pelo mundo entrevistei-o. Ai Cumpadre, que Homem tão Homem e tão cristão. A gente via mesmo que nem é difícil ser cristão, é bom, e mais: ajuda a gente e aos outros!
É claro que eu, cá entre a gente que ninguém nos ouve, dispensaria um dos exemplos que ele cita. Mas eu num sou perfeita, sabe? Além deste defeito aqui publicado, ainda sou do Benfica, imagine! No melhor pano cai a nódoa.
Agora, a sério, sério: isto está mal, sim, e visto daqui ainda se vê melhor. Mas imagine o Cumpadre que vocemecê mais a sua Maria, mais o Raul, mais os mês filhos, mais a Teresa da Teia que, com ela, há-de trazer o Cara-Metade e o FFred, mais a Anabela do Tâmega, mais o Zé Matias Alves, e mais os que me escapam agora, ah, a Teresa de Longe, e a turma que ela tem, e uma Batatas pequeninas mas vão longe, mais a Renard e a Fátima, e a Isabel e o Pai Mariano, ilmagine, dizia eu, nós, com o senhor Bispo à frente, a alevantar Portugal?! Havia de ser coisa para ficar na outra História.
E se a gente se cotizasse e oferecesse os Lusíadas ao nosso Primeiro? Acho que lá na Independente não davam isso. E lembrar-lhe aquele verso que diz "um fraco rei faz fraca a forte gente!".
Pois. Olhe, Bom dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Vá dar uma voltinha com a comadre, que o tempo parece estar de feição. Avó Pirueta

Anónimo disse...

Raul, a gente diz coisas sérias a brincar, que, para mim, ainda é a melhor maneira de as dizer... Mas felicito-te pelo testemunho de D. Manuel. Para mim, é a voz da Igreja mais lúcida em Portugal, hoje. Mas quem o ouve? Quem o ouve a falar em nome dos que não têm voz? Levantemos com ele o nosso brado, para um Portugal fraterno e digno. Obrigada por todos os miminhos que me dás...

EMD disse...

Tenho apenas espreitado, aqui e ali (muitas tarefas simultâneas e pouca capacidade, forças e tempo para dar conta delas)...
Mas não posso deixar de aplaudir, Raul, as pessoas e os temas que continua a trazer para este palco.
Hoje, D. Manuel Martins, outro exemplo de coragem, justiça e humildade infatigáveis.
Secundo as suas palavras sobre a Carmo.
Há, certamente, muitos a trabalhar em silêncio. Mais uma razão para quebrá-lo e fazer dos exemplos que conhecemos as manchetes que algum bem podem fazer a este nosso Portugal. Afinal, estes são também gestos por um mundo melhor.
Bem-haja por tudo (incluindo a preocupação) e um grande abraço para si, Raul.
Beijinhos para a avó pirueta, cujo exemplo e história de vida continuam a iluminar o meu caminho.

Anabela Magalhães disse...

Só me apetece sublinhar o discurso escorreito.
Um destes dias escrevi num outro blogue que os nossos governantes não escutam o clamor vindo do povo. E tenho o diagnóstico feito. Não escutam porque mumificaram com o brilho do poder.
Mas vão cair.

Anónimo disse...

Obrigada Raúl. Mas os elogios tem de ir para a Mariana. Desta vez, acho o poema com qualidade.
Em geral. ela peca por ser melo-dramática.

Fico sempre contente quando me diz alguma coisa.

Saudacoes de Düsseldorf!