segunda-feira, 17 de março de 2008

DESCOBERTAS!

Este fim de semana foi um "a ver se te avias". São os trabalhos para apresentar na faculdade; o filho que parte para um torneio de andebol que vai durar até sexta-feira e precisa que se compre mais uma camisola porque isto e aquilo e mais aquilo; a filha que também aproveita e diz que também precisa de um livro qualquer e o tempo galopa e quase não há tempo para descançar o meu cansaço. Mas no meio de tantos afazeres houve descobertas que quero partilhar: a primeira , via "TEMPO DE TEIA", são as flores da figueira: as flores estão no interior do figo... . Razão têm os poetas em dizer que dentro das coisas é que as coisas são. Maravilhosa a mãe natureza. E foi assim que fui observar melhor a figueira que plantamos no quintal no ano passado e olhar, depois de ler quanto misterioso é o mundo do interior do figo, como criança que acabou de fazer uma grande descoberta e fica para ali somente a contemplar e nada mais. E toca a ir buscar a máquina para registar a figueira e colocá-la aqui a fazer história no blog.

A segunda e a terceira descobertas aconteceram na FNAC. Uma era uma descoberta anunciada porque queria um livro da Gabriela Llansol para cumprir uma promessa deixada em comentário no Existente Instante . E não sai defraudado, bem pelo contrário, e tem razão o E.I. quando diz que a sua escrita é "hermética talvez, mas de uma musicalidade, da essência primeira da palavra, de uma riqueza de sonho e fascínio interpretativo como poucas na nossa literatura. Uma escrita (des) construtiva na medida que obriga o leitor, o "legente", a construí-la..."
Foi o que eu senti... preciso de (des)/construir a sua escrita: ontem li Gabriela e o que senti foi diferente, hoje, ao voltar a revisitar os mesmos textos e, acredito, que as mesmas palavras me trarão, amanhã, diferentes sentimentos. Uma escrita ímpar. E graças a ti, E.I., ela tem outro admirador - ainda que pobre e que precisará de a revisitar muitas vezes para conseguir entrar no magnífico trabalho da sua escrita.

E por fim a terceira descoberta: O Bando do Rei Pescador. Ao vivo na FNAC. Uma agradável surpresa. E ouvimos, eu e a Émy, enquanto as nossas crianças folheavam alguns livros sentados num banco perto de nós. Um projecto de folk country cantado em português liderado por Orlando Mesquita. Podemos ouvir poemas de Fernando Pessoa, António Aleixo, entre outros, que apreciei e que podem ouvir aqui. Recomendo "Da Saudade."

1 comentário:

Teresa Martinho Marques disse...

uff! Oh Raul, é tempo de ir mesmo descansar o cansaço... :)