Histórias de vida! "Pedra a pedra, construindo um novo dia!..." Um bom vídeo para mostrar aos nossos jovens e educá-los contra a inércia que hoje é doença comum entre eles.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
NA PENA DE PEDRO CASALDÁLIGA!

Hoje, um post do E.I. fez-me recordar um poema, o que aqui vos deixo, de um grande HOMEM, D. Pedro Casaldáliga. Tem actualmente 82 anos. Convido-vos a conhecê-lo na sua página da web, onde poderão ler os seus escritos, poemas, entrevistas... As suas cartas abertas...
Um homem de uma verticalidade e coerência extraordinárias. Aqui fica o poema:
Epílogos abiertos
I
-Leyendo a Tiago de Melo
El río de la vida que va al mar.
La garza en la ribera, a toda hora.
Y terco, el corazón, para cantar
"la dolorida brasa de la aurora".
II
-Profecía extrema, ratificada-
Yo moriré de pie como los árboles.
(Me matarán de pie).
El sol, como un testigo mayor, pondrá su lacre
sobre mi cuerpo doblemente ungido,
y los ríos y el mar
se harán camino de todos mis deseos,
mientras la selva amada sacudirá sus cúpulas, de júbilo.
Yo diré a mis palabras: no mentía gritándoos.
Dios dirá a mis amigos: "Certifico
que vivió con vosotros esperando este día".
De golpe, con la muerte,
se hará verdad mi vida.
¡Por fin habré amado!
III
Y llegaré, de noche
con el gozoso espanto
de ver,
por fin,
que anduve,
día a día,
sobre la misma palma de Tu mano.
ADENDA: Filme que nos ajuda a conhecer um pouco Casaldáliga a partir do seu anel, como insígnia episcopal, de tucum, que se tornou símbolo da espiritualidade dos adeptos da Teologia da Libertação.
sexta-feira, 19 de março de 2010
FILHO PRÓDIGO!

Ao meu amigo M.P., com um abraço.
"Dois amigos, pai e filho, caminhando. Mas quem prestar atenção verá que entre eles vai surgindo um mundo. Da mansidão de olhar que não pede e nem manda vai acontecendo uma mágica... O mundo fica um lugar amigo. Às vezes jardim, onde tudo nos fala de beleza. À vezes lar, acolhedor e tranqüilo". (Rubem Alves)
O pai olhou o filho que se ausentava de mochila às costas. Uma lágrima correu-lhe por entre as ténues rugas da cara fria e rosada pelo vento que se fazia sentir. Ele sabia que mais tarde ou mais cedo aquele filho, o mais novo, iria partir para a Cidade da Avenida da Liberdade. Já nada o encantava na Cidade onde vivera até aquele dia: A Cidade da Rua da Liberdade - onde não há avenidas e a Rua da Liberdade é das ruas mais estreitas. Já em gerações anteriores acontecera o mesmo. Houve sempre alguém que partiu para a Cidade da Avenida da Liberdade. Poucos regressaram de lá. O último dos que partiram e voltaram, é aquele que agora vê o seu filho partir – e sabia tudo o que era aquela Cidade e aquela Avenida.
A Avenida da Liberdade atraía as pessoas por alguns dos seus encantos: Não há limites de velocidade; cada um conduz ao seu belo prazer, como quer e lhe apetece; não há sinais de trânsito nem polícias a controlar os excessos de velocidade nem a passar multas. Os problemas surgiam quando aconteciam acidentes e, infelizmente, havia muitos. Instalava-se o “caos”: Quem paga, quem assume, quem foi o maior culpado ou o maior lesado. Depois dos acidentes é que começam as grandes complicações na Avenida da Liberdade. Com o tempo, os que lá transitavam percebiam que, apesar do excelente campo visual e da adrenalina que se instava, nunca satisfazia plenamente alguém. O vício de percorrer aquela Avenida entranhava-se de tal maneira nas pessoas que muito dificilmente alguém conseguia de lá sair.
A Rua da Liberdade não é tão vistosa nem tão atraente: o trânsito é difícil e exige a máxima atenção dos que nela transitam. Há muitos sinais e alguns semáforos. Raramente se encontra um sinal vermelho que dure muito tempo e o que mais funciona é o verde. O amarelo vai lembrando que, na Rua da Liberdade, todo o cuidado é pouco. Não é um trajecto simpático e por isso muitos se lançavam na aventura de ir à procura da Avenida da Liberdade.
Depois da partida do seu filho, todos os dias, antes do sol-pôr, sentava-se na pedra que delimitava a fronteira entre as duas cidades e olhava o horizonte com a esperança de ver surgir uma silhueta que revelasse o regresso do seu filho. Foi naquela pedra que compôs algumas das suas canções ao som da guitarra que ele mesmo construíra. Muitos escutavam as suas canções e sabiam-nas de cor para ensinarem aos seus filhos e aos seus amigos.
A Avenida da Liberdade atraía as pessoas por alguns dos seus encantos: Não há limites de velocidade; cada um conduz ao seu belo prazer, como quer e lhe apetece; não há sinais de trânsito nem polícias a controlar os excessos de velocidade nem a passar multas. Os problemas surgiam quando aconteciam acidentes e, infelizmente, havia muitos. Instalava-se o “caos”: Quem paga, quem assume, quem foi o maior culpado ou o maior lesado. Depois dos acidentes é que começam as grandes complicações na Avenida da Liberdade. Com o tempo, os que lá transitavam percebiam que, apesar do excelente campo visual e da adrenalina que se instava, nunca satisfazia plenamente alguém. O vício de percorrer aquela Avenida entranhava-se de tal maneira nas pessoas que muito dificilmente alguém conseguia de lá sair.
A Rua da Liberdade não é tão vistosa nem tão atraente: o trânsito é difícil e exige a máxima atenção dos que nela transitam. Há muitos sinais e alguns semáforos. Raramente se encontra um sinal vermelho que dure muito tempo e o que mais funciona é o verde. O amarelo vai lembrando que, na Rua da Liberdade, todo o cuidado é pouco. Não é um trajecto simpático e por isso muitos se lançavam na aventura de ir à procura da Avenida da Liberdade.
Depois da partida do seu filho, todos os dias, antes do sol-pôr, sentava-se na pedra que delimitava a fronteira entre as duas cidades e olhava o horizonte com a esperança de ver surgir uma silhueta que revelasse o regresso do seu filho. Foi naquela pedra que compôs algumas das suas canções ao som da guitarra que ele mesmo construíra. Muitos escutavam as suas canções e sabiam-nas de cor para ensinarem aos seus filhos e aos seus amigos.
Volta meu filho que partiste
Volta, sim, para o teu regaço
Espera-te, em casa, quem te ama
Pronto com um beijo e um abraço!
Era uma das suas preferidas. Estava a cantá-la, com mais amor que nunca, quando um amigo o interrompeu:
- Continuas a cantar pelo teu filho?
- Canto por ele e por mim. Tenho esperança no seu regresso. Eu também parti e voltei.
- Mas tu eras diferente. Eu conheço-te bem. Sempre brincámos juntos em pequenos e crescemos na mesma rua. És bem mais forte e corajoso que o teu filho. Não acredito que ele volte. Vai-lhe acontecer o mesmo que a muitos outros que vimos partir.
- Ninguém conhece o meu filho melhor do que eu. Eu sei o que ele vale.
- Porque não lhe chamaste a atenção dos perigos que a Avenida da Liberdade abarca?
- Não me alertaram a mim? Ouvi os conselhos que me deram? Tive que aprender eu próprio. O meu filho, também, parece-me, está a percorrer o mesmo caminho que o levará a encontrar as suas razões de viver.
- Mas devias ter-lhe contado a tua experiência. Tu próprio nos ensinaste que a única coisa que vale a pena ensinar aos outros é aquilo que lhes vai permitir ganhar tempo na aprendizagem do que é a vida. Mas tu próprio não fizeste isso ao teu filho!
Continuo a acreditar naquilo que te ensinei, porém, aquilo que podemos ensinar a uns e vai ajudá-los, pode não servir para outros. Alguns precisam de aprender por si próprios.
- És sempre imprevisível nas tuas respostas - depois destas palavras, o amigo despediu-se e foi-se embora.
O pai continuou de olhos fixos no horizonte e reparou que alguém descia o caminho em direcção da entrada da Cidade da Rua da Liberdade. O seu coração bateu forte e ele sentiu dentro de si que era o seu filho que estava de regresso. Quando tiveram a certeza quem eram, correram um para o outro e abraçaram-se.
- Eu sabia que tu regressavas! – disse o pai emocionado.
- E eu sabia que estarias à minha espera! – e apertou o pai num longo abraço. Depois, olharam-se durante alguns minutos envoltos em silêncio – mais precioso que muitas palavras – e soltaram lágrimas de felicidade.
- Desculpa meu pai o caminho que levei.
- É preferível continuarmos em silêncio. – Disse o pai enternecido. – Regressemos a casa.
- Mas pai, soube que tu também andaste por aqueles lados. Porque não me chamaste a atenção dos perigos que lá havia?
- Tu é que não estiveste atento ao que te fui ensinando e cheguei à conclusão que tinhas que aprender por ti próprio.
- Perdoa-me pai.
- Tens é que pedir perdão a ti próprio. O tempo que desperdiçaste era teu, não era meu. O caminho que percorreste era teu e de mais ninguém – foi dizendo o pai, sob o olhar atento do filho. – E sempre me ouviste dizer que na vida, de certa forma, não há erros; muitos dos acontecimentos em que participamos, por mais desagradáveis que sejam, são necessários para aprendermos o que precisamos de aprender. Errar, se assim quiseres, é aprender. O importante é lutarmos para não cometermos os mesmos “erros”.
- Não ficaste desiludido com a minha atitude?
- Fiquei triste na noite em que partiste e chorei toda a noite, mas desiludido? Nunca! Depois deixei de chorar e pensei e rezei por ti. Compreendi que tinhas que viver a tua vida até mudares e, apenas tu, só tu, o poderias fazer. Enquanto não arranjasses espaço na tua vida para alguém tão importante como tu próprio, viverias sempre sozinho, revoltado, insatisfeito, perdido. – Recuperou o folgo, com a ternura e a serenidade de sempre, continuou: - Não poderias ser um estranho de ti mesmo. A grande luta que tinhas que travar tinha que ser dentro de ti. Espero que tenhas encontrado o teu caminho e te tenhas encontrado a ti próprio e contigo. Espero que tenhas ganho a “batalha” mais importante da tua vida. – Esboçando um sorriso, ao mesmo tempo que acariciava o rosto do filho, concluiu: - Quando nasceste eu sabia que irias travar uma grande “batalha”. Por isso o nome que te dei.
- Não percebo!
- O teu nome, meu filho, significa “batalha”. Honra o teu nome e torna-te um grande “guerreiro”.
- Lembro-me de falares muitas vezes sobre isso do “guerreiro”.
- E foi falando sobre o “guerreiro” que eu te fui alertando para alguns “perigos” e te fui orientado para o caminho que eu achava correcto mas deste-me pouca atenção. – disse, franzindo o sobrolho. – Tinhas que encontrar o teu caminho pelos teus próprios meios.
- Quando andava pela “Avenida” da “Liberdade” vieram-me à memória muitas das coisas que me ensinaste. Só ali é que percebi muito do que me dizias.
- E foram essas “memórias” que te deram a força suficiente para regressares. Regressemos a casa. A tua mãe e os teus irmãos ficarão contentes por te reverem.
Os olhos do pai brilhavam de felicidade no caminho que levava a casa e o seu coração segredava: “Este meu filho andava perdido e encontrou-se; andava na escuridão e encontrou a Luz…” Colocando a mão no ombro do filho, disse-lhe: Há sempre uma estrela a guiar-nos!
sexta-feira, 12 de março de 2010
DA TOLERÂNCIA!

«Sendo que eu sou imperfeito e necessito de tolerância, e da bondade dos outros, também hei-de tolerar os defeitos do mundo, até que possa encontrar o segredo que me permita remediá-lo.» Gandhi
«A primeira lei da natureza é a tolerância, já que temos todos uma porção de erros e de fraquezas.»
Voltaire
«Tolerância não significa aceitar o que se tolera.» Mahatma Gandhi
«Concede ao teu espírito o hábito da dúvida, e ao teu coração o da tolerância.» Arthur Schnitzler
«Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres.» Voltaire
«Tolerância significa desculpar os defeitos dos outros, e não reparar nos erros.» Arthur Schnitzler
«Tolerância é paciência concentrada.» Thomas Carlyle
«A Tolerância é a caridade da inteligência.» Jules Lemaître
«Uma opinião equivocada pode ser tolerada onde a razão é livre de combatê-la.» Thomas Jefferson
«Toda a Tolerância se torna, com o tempo, num direito adquirido.» Georges Clemenceau
«A responsabilidade da Tolerância está com os que têm a visão mais ampla.» George Eliot
«A lei de ouro do comportamento é a Tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.» Mahatma Gandhi
«Nenhuma qualidade é mais intolerável do que a intolerância.» Giacomo Leopardi
«A prática da tolerância ajuda-nos a controlar a mente temerosa e irada.» Textos Budistas
«A Tolerância é a melhor das religiões.» Victor Hugo
«A verdadeira semente da violência é a pobreza e a intolerância. Do que mais precisamos é de bom senso e de sentido de responsabilidade.» António Nóvoa
«A intolerância fecha os caminhos da compreensão, ao mesmo tempo que os da sensibilidade, caminhos aos quais só têm acesso as almas que sabem da sua semelhança com as demais.» Pecotche-Raumsol
«Tolerem a minha intolerância.» Jules Renard
«Na Terra há lugar para todos.» Schiller
«A primeira lei da natureza é a tolerância, já que temos todos uma porção de erros e de fraquezas.»
Voltaire
«Tolerância não significa aceitar o que se tolera.» Mahatma Gandhi
«Concede ao teu espírito o hábito da dúvida, e ao teu coração o da tolerância.» Arthur Schnitzler
«Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres.» Voltaire
«Tolerância significa desculpar os defeitos dos outros, e não reparar nos erros.» Arthur Schnitzler
«Tolerância é paciência concentrada.» Thomas Carlyle
«A Tolerância é a caridade da inteligência.» Jules Lemaître
«Uma opinião equivocada pode ser tolerada onde a razão é livre de combatê-la.» Thomas Jefferson
«Toda a Tolerância se torna, com o tempo, num direito adquirido.» Georges Clemenceau
«A responsabilidade da Tolerância está com os que têm a visão mais ampla.» George Eliot
«A lei de ouro do comportamento é a Tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.» Mahatma Gandhi
«Nenhuma qualidade é mais intolerável do que a intolerância.» Giacomo Leopardi
«A prática da tolerância ajuda-nos a controlar a mente temerosa e irada.» Textos Budistas
«A Tolerância é a melhor das religiões.» Victor Hugo
«A verdadeira semente da violência é a pobreza e a intolerância. Do que mais precisamos é de bom senso e de sentido de responsabilidade.» António Nóvoa
«A intolerância fecha os caminhos da compreensão, ao mesmo tempo que os da sensibilidade, caminhos aos quais só têm acesso as almas que sabem da sua semelhança com as demais.» Pecotche-Raumsol
«Tolerem a minha intolerância.» Jules Renard
«Na Terra há lugar para todos.» Schiller
domingo, 7 de março de 2010
TEMPO DE REFLEXÃO!
Ontem, um dos participantes no Festival da Canção:
"Se a tua luz não te ilumina,
não apagues a minha..."
"Se a tua luz não te ilumina,
não apagues a minha..."
Lembrei-me do jovem da Leandro da Luciano Cordeiro que cedeu a sua vida ao leito do rio para afagar as suas mágoas. Triste mundo este! E também me lembrei de uma belíssima reflexão sobre o que aconteceu ao Luciano, na pena do Arlindo:
"Não tenhamos medo nas palavras: os alunos agressores são COBARDES e é preciso soletrar-lhes isso naqueles rostos de armar "tarzan de urinol!" PUNI-LOS EXEMPLARMENTE e dar um sinal à comunidade educativa que Educar é pôr regras e ter a coragem e a imediaticidade de actuação. " Uma reflexão a ler, na íntergra, aqui.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
VELHOS TEMPOS?

Velhos tempos? Espero bem que não. Mas perturba-me as notícias que têm vindo a público que pessoas e instituições há, que, parece, estão a sofrer alguma espécie de censura. Que se preserve e se lute para que o bom nome das pessoas não seja "enxovalhado", de acordo. Que se tente amordaçar o direito de expressão, não posso aceitar de maneira nenhuma e protesto. E, a talhe de foice, lembro Voltaire:
"Discordo daquilo que dizes,
mas defenderei até à morte
o teu direito de o dizeres".
sábado, 13 de fevereiro de 2010
CONVERSAS DE ESPLANADA!

Há uns dias atrás, no café ao lado: Aqui del rei que esta juventude está perdida. Não sabe o que quer da vida! Gente adulta desiludida com os jovens. Não estarão, também, os jovens desiludidos connosco? Na hora do balanço, as culpas, acredito, estarão nos dois lados da barricada. Eu digo: É preciso confiar neles, escutá-los e conquistá-los para depois exigirmos, também, compromissos de futuro para eles e para o mundo. É que o esforço por um mundo melhor que hoje em dia nos é pedido e porque tal é urgente, tem que ser de todos, para todos e com todos. Ninguém pode ficar de fora!
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