Não é à pancada,
Estou convencido que não é à pancada.
E embora haja quem pense
Que dar confiança é arriscado
Eu creio que o único caminho é o amor.
Não me preocupam nada temores do género:
“- e lhes damos uma mão querem logo o braço”.
“- Comem-nos as papas na cabeça”.
“- Pela caridade entrou a peste no mundo…”
Não me preocupam, primeiro,
Porque não é a dignidade do professor
O supremo valor da escala educativa.
Não me preocupam, depois,
Porque o que interessa,
Mais do que as manifestações exteriores de respeito,
É o verdadeiro respeito interior.
Não me preocupam, finalmente,
Porque creio que é mais efectivo,
Muito mais educativo e mais belo,
Ver como as pessoas
Aprendem a amar e a confiar nas pessoas,
Ver como aprendem a ser mais felizes.
Não temo que me comam as papas na cabeça,
Que abusem da minha confiança.
Porque é preferível rirem-se
(se for esse o caso)
Do que serem vítimas da nossa insensibilidade,
Do nosso rigor
Da nossa amizade.
Porque a fortaleza está no amor
E não na imposição da disciplina.
Não nos tornamos mais fortes por mantermos a ordem,
Por as crianças “se não mexerem”,
Por se saber perfeitamente quem detém a autoridade.
Seremos fortes se não nos preocupamos em sê-lo,
Se verdadeiramente amamos os outros,
Se fizermos nascer no seu íntimo
O desejo de serem melhores,
De serem solidários e respeitadores,
De serem amantes da justiça
E da ordem que nasce da justiça e não da força,
E não do temor,
E não da violência.
Só neste clima
É que as pessoas aprendem a ser livres
A ser melhores.
Santos Guerra
in Uma pedagogia da libertação
CRIAPASA
in Uma pedagogia da libertação
CRIAPASA
12 comentários:
Subscrevo inteiramente.
Beijinho
De facto quando as convições são demasiado contundentes e assertivas no que ao outro diz respeito, sobretudo a criança, o pré-adolescentes ou o adolescente, devemos ter um cuidado redobrado para que a nossa verdade não se plasme num acervo convulsionante de opiniões quantas vezes questionáveis!
Desejo sinceramente que 2010 seja um ano de reflexão, bem centrado na importância da partilhae que os nossos meninos e meninas se sintam auxiliados e conscientes do seu papel enquanto seres sociais.
Concordo plenamente,sou,serei,e sempre fui contra a violência.
Não é fácil por vezes, mas violência chama mais violência.
Há que perceber porque é que algumas crianças e adolescentes tomam determinadas atitudes e comportamentos anti-sociais.
Beijo
Olá Gisela por aqui!!
Antes de mais um abraço para a minha colega de trabalho Gisela.
Continuo a pensar que é mais fácil conquistarmos os nossos jovens pelo diálogo e pela interacção do que por uma postura autoritária.
Nem sempre conquistamos todos ,mas os que conquistamos gratificam-nos e realizam-nos. E quantas vezes a atitude de observação-imitação (aluno-professor) também traz os seus frutos...
Desejo um 2010 de sucesso educativo para todos.
Viva Luísa!
Obrigado por apareceres por aqui na medida em que fico a saber que a Gisela é uma colega tua de trabalho. Vão-se alargando os laços. E já que da Gisela falo o meu apreço pela sua visita.
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Um bom 2010.
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Carpe diem!
Isabel, o que dizes, "perceber porque é que algumas crianças e adolescentes tomam determinadas atitudes e comportamentos anti-sociais", é meio caminho andado para as compreendermos e as ajudarmos a fazerem o seu caminho. E este é um pensamento que nunca deve deixar de preocupar qualquer educador.
Obrigado pela tua partilha.
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Carpe diem!
Olá professor Raul,
Já sei o problema de não conseguir aceder ao meu blog, eu não o criei pelo google, fui ao site do blogspot.com, e aí criei.
Eu depois mostro-lhe o meu blog :)
Nome:Ana Cláudia Ribeiro
Turma:5ºA
Eu acredito, MESMO, que nos afectos quando se dá, recebe-se.Tudo dependerá do nosso tipo de dádiva.
1 abraço e um 'Xalente' 20010
Em@! Vai com calma...
Xiiiiiiiiiiiiiiiiii olha só o os anos que aumentei!
Beijinhos
Anabela.sempre.atenta!!!! Realmente, Em@! Mas quem sabe, num outro "cantinho" qualquer, daqui a 18 mil anos!!! Quem será o(a) ministro(a) da Educação? Como estaremos a comunicar? Mas fica marcado o encontro.
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Carpe diem!
Nessa altura comunicaremos só com a mente!
Ai...e eu que gosto tanto das palavras!Não sei se gosto assim....
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