Diz o poeta que o mundo pula e avança. E é verdade!
Pula e avança a uma velocidade tal que nos surpreende com incertezas e torna o futuro imprevisivel.
Os jovens já começam a estar atentos a estes "novos" tempos. Mas nunca é demais relembrá-lo; alertá-los para o "arquitetar" do futuro que lhes vai exigir competências diversificadas para responder aos desafios profissionais que lhes serão colocados.
Por isso lhes deixo um belíssimo texto do professor e amigo Joaquim Azevedo com quem tenho aprendido muito:
"Antes, quando um jovem terminava o seu curso dizia-se que era um diplomado.
Hoje, assemelha-se a um cartógrafo, alguém que, em função das viagens que vai realizando e das informações que vai recolhendo de boa fonte, fixa o norte, os lugares, as rotas, tudo o que pode ser instrumento de orientação para a vida profissional.
Esta atitude de cartógrafo não nasce espontaneamente. Educa-se. E o seu desenvolvimento tem muito mais que ver com uma educação para a iniciativa e o empreendimento e para a pró-atividade do que para a passividade e a re-atividade. Em vez de se investir em colocar o diploma na parede, estes são os tempos de andar de dossier na mão, os tempos de proceder a balanços de competências e de realizar continuamente novos investimentos na arca pessoal de competências.
Não é a mesma coisa estudar dezassete anos para chegar ao telhado da casa e estudar durante dezassete anos para poder colocar a primeira pedra do edifício.
(…)
A primeira pedra só ganha sentido porque é a primeira de uma série de outras pedras que hão de configurar o edifício pessoal."
Azevedo, Joaquim (1998). Novas metáforas para a (des)orientação profissional. Saber (e) Educar, 3. 41-51.
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