sábado, 16 de fevereiro de 2008

"SER" PROJECTO


Como na vida, o “ser” projecto (e muito mais o educativo) deve ir muito mais além que o “ter” projecto: o “ter” “compra-se”, "plagia-se”, “vende-se”, “troca-se”; o “ser” constrói-se a partir das nossas entranhas; e falar em construir é falar dos actores que são a alma e o garante da construção, a vitalidade que a sustenta. Se o projecto é algo que está apenas na “moda”, corre-se o risco de banalizar e, com isso, perder todo o seu verdadeiro significado e toda a sua virtude; quando surge apenas por decreto pode ser estéril, pobre, inútil, letra morta; se é algo construído por todos, é oportunidade de se aprofundar e, com isso, inovar, melhorar, aprender a aprender, aprender a viver juntos e a partilhar, agir, avaliar e recomeçar o processo, evitando-se muitos “riscos”: Acredito no projecto educativo como um processo e um desafio constante de fazer acontecer sempre coisas novas, ainda que balizadas por uma boa dose de realismo. Acredito no projecto educativo como uma busca da qualidade e do sucesso de todos.

Hoje já não se pode conceber organização alguma que não acredite nos projectos como uma forma de mostrar a sua identidade (o que são, o querem e para onde caminham, numa lógica de preparação para intervir no futuro), alicerçadas no seu capital humano de criatividade e inovação. E as escolas, como organização que são, não fogem a este desígnio, e ai estão os projectos pedagógicos (de âmbito mais sectorial) e os projectos educativos (que olham a escola na sua totalidade), procurando neles coerência organizacional e sentido estratégico em busca da eficácia educacional, de forma autónoma, democrática e promovendo a participação de todos os seus actores e escolas localmente integradas. Se assim não for serão apenas uma questão de moda, como uma “passerelle” para que se veja que se traja modernidade ou uma questão de obrigação por imposição legal.

E para que se evite esses “riscos”, alerta-nos Jorge Adelino Costa, num texto que recomendo (Projectos Educativos das escolas - um contributo para a sua desconstrução), há requisitos essenciais que é preciso ter em conta para que não surjam consequências “indesejáveis” na construção e implementação dos projectos educativos, e que o autor baliza em três dimensões de análise: Participação, Estratégia e Liderança, traçando para cada uma delas um conjunto de cenários de risco aquando se verificarem a ausência daquelas dimensões.
Adenda às 17:54: Amigo em comentário refere outro livro onde se encontra refurmulado o texto do autor mas editado em Portugal. Também conheço a referência bibliográfica mas optei pela que usei por se encontrar em pdf e ser de mais fácil acesso. Acrescente-se a referência: capítulo cinco do livro que apresento aqui via "terrear."
Adenda às 18:06: Mais uma pequena referência à obra citada, novamente via "terrear". Que me perdoe por este abuso o JMA.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

"Charter Schools" em Portugal!


"Combinam o melhor das escolas privadas com o melhor das escolas públicas", defende Charles Glenn, professor de política e administração educacional da Universidade de Boston, e um dos oradores na conferência sobre "Autonomia da Escola: A Experiência das Charter Schools na América", que decorreu hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, numa organização do Fórum para a Liberdade de Educação.

EDUCAÇÃO ESPECIAL



Pais, professores e investigadores temem que as mudanças previstas na ensino especial deixem de fora todo um conjunto de crianças cujas dificuldades de aprendizagem não foram tipificadas segundo a actual legislação.

APRENDER A EDUCAR

De Abril a Junho vai decorrer a 4ª Edição do Aprender a Educar, uma iniciativa da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto, desenvolvida com o propósito de apoiar os pais na tarefa de educar.A edição deste ano é composta por seis módulos, dos quais os pais podem escolher aqueles(s) que mais lhe interessam:

1. Educar pelo Optimismo.
2. Afectos e emoções precisam-se!
3. Regras, limires, castigos e recompesas: Quando e Como?
4. Socorro! Tenho um filho adolescente!
5. Auto-estima e Auto-confianças: Bens Preciosos.
6. Irmãos: (In)Separáveis.

Notícias e Programa aqui.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

UM GESTO!




Gosto das pessoas simples,
-diz Deus-
e que fazem os outros felizes!

DEVAGAR QUE TENHO PRESSA!


Respeitemos o ritmo de aprendizagem da criança e do aluno se queremos que eles venham a chegar longe. Educar para o desenvolvimento e para a responsabilidade não é ir depressa, mas chegar longe.


“...Vai-se pondo degrau após degrau,

até que atinja a maior altura possível

segundo a vocação e a força

que haja em cada um.”


Agostinho da Silva

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

CYBERBULLYNG: FENÓMENO SEM ROSTO


"Se só agora Portugal começa a despertar para as questões do bullying, em relação ao cyberbullying está mais atrasado", adianta Tito de Morais, fundador do projecto MiudosSegurosNa.Net.


Sobre este tema do cyberbullyng convido-vos a ler um texto de Sara R. Oliveira que podem ver aqui.

CUMPLICIDADES

Um pouco de poesia pedida a Carlos Cruz de Guizande, que me confidenciou: "Já que me desafias... Mas não lhes chames poesias, porque não sou poeta. Terei talvez alma de poeta, mas daí até ser um poeta, vai uma grande distância....

De quando em vez colocarei aqui no meu blog algumas reflexões poéticas do meu amigo Carlos. Depois, cada um que diga de sua justiça.


Cumplicidades

(Mãe: amores-perfeitos na primavera dos afectos)

Diz-me,
Conta-me devagar,
De que matéria é a poeira
Que cobre o teu olhar.

Das tuas memórias escondidas,
Eternas como o tempo...
Quando o antes e depois se fundem,
Conta-me tudo,
Devagar.

Diz-me,
Quantas vezes pensastes
Em voar e te perdestes,
Por não saber para que lugar.
Então permanecestes!..

À espera que tudo,
Que tudo à tua volta
Se esgotasse de esperar,
O não haver sido,
O não saber sequer enunciar.

Como uma cantiga de embalar,
Conta-me tudo,
Devagar.

Guizande, 2007

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

NOVO MODELO DE GESTÃO ESCOLAR

Debate público sobre o novo modelo de gestão escolar com a participação de João Barroso e João Formosinho, entre outros.

O CIIE - Centro de Investigação e Intervenção Educativas e o FPAM - Fórum Português de Administração Educacional estão a promover um debate público a propósito do "Projecto de Decreto-Lei sobre o novo regime jurídico de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário", no dia 20 de Fevereiro de 2008.

O debate terá lugar no auditório 1 da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, pelas 17 horas.

Ver informações e Cartaz.

MAIS TOLERÂNCIA NO MUNDO

"Explicar porque é preciso mais tolerância no mundo."

Os participantes devem residir em Portugal e ter entre 9 e 15 anos de idade, inclusive, completados até 31 de Janeiro de 2008. A participação é a título individual, estando excluídas participações colectivas.

Vamos lá!... O prazo está quase no fim mas ainda há tempo.
Ver regulamento.

PRIORIDADE A ÁFRICA



CE - Prémio “Desenvolvimento” para Jovens 2007

(...) Os jovens de toda a Europa, com idades compreendidasentre os 16 e 18 anos, são convidados a participar,enviando um desenho ou trabalho artístico que, em sua opinião, ilustre da melhor forma o impacte das alterações ambientais nos países em desenvolvimento.
A sua visão criativa pode ajudar a fomentar a consciência para estes problemas entre colegas, estudantes, professores, famílias e outras pessoas. (...)

Ver regulamento.


É PRECISO PASSAR A PALAVRA!
Poster para divulgação.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

NASCEU “NOVA PEREGRINAÇÃO.”

Foi com grande entusiasmo que ontem, na Biblioteca de Perosinho, foi apresentado o livro do professor António Faria com o título "Nova Peregrinação" - uma síntese das memórias das viagens que o autor fez nos últimos vinte anos, levando-nos com ele a viajar no(s) tempo(s) e espaço(s) dos imensos sítios que fazem o itinerário deste livro . Este é o terceiro livro do autor, que surge depois de "Memórias da Moita" (2003) - uma colectânea de vivências pessoais e colectivas de âmbito socioeconómico, etnográfico e cultural, que são o retrato vivo da história da terra que o viu nascer -, e também de Memórias Pedagógicas (2005) - onde fala das vivências dos seus trinta e oito anos de carreira docente. Foi uma honra ter sido o bafejado pela sorte para a apresentação deste livro. A apresentação do livro repartiu-se por duas partes: O elogio do professor - um agradecimento público em meu nome, da minha esposa que foi aluna do professor António Faria, em nome de muitos colegas de profissão e de muitos dos seus alunos que ali estiveram para lhe dar todo o apoio. Um elogio, na pessoa do professor António Faria, a todos os que se dão a esta adorável, ainda que cheia de sacrifícios, tarefa de educar (hoje é-nos pedido muito mais que ensinar!); e uma segunda parte, a apresentação do livro propriamente dito, onde se traçaram alguns parâmetros possiveis - entre muitos outros - de leitura desta obra. Estas duas partes da apresentação serão aqui postadas em momento oportuno


"E como António de Faria era de sua natureza muito curioso, trabalhou por saber desta gente que nações habitavam o sertão daquelas terras... E do que desejava saber os esteve inquirindo muito miudadamente"... Fernão Mendes Pinto in «Peregrinação».
O autor da "Nova Peregrinação" confidenciou que não investigou se era ou não da linhagem desse fidalgote mas o que não duvidamos é que herdeu dele o espírito de aventura e de curiosidade tão bem patentes no seu livro.
Parabéns professor António Faria e obrigado por tudo quanto fez e continua a fazer em prol da cultura dos nossos jovens e das gentes das nossas terras.






LIBERDADE

A criança olha feliz
O balão que se desprendeu
E lhe diz:
O céu é todo teu!

E o balão subia
E não sei por que magia
Dançava para o menino
E lhe sorria.