sábado, 1 de março de 2008

NOTAS SOLTAS...


VISTA PARCIAL DO MONTE DA SRª DO MONTE EM PEDROSO

1. Fiquei com inveja do Ramiro Marques - eu já o apelidei de poeta da fotografia -, pelas imensas e bonitas paisagens que contempla a caminho da escola. Eu não tenho esse privilégio. Moro a escassos minutos da escola : três a cinco, sim, eu sei, é uma sorte. Mas não de forma a viajar entre prados verdes e primaveras, animais e plantas, sóis e poemas da natureza... vão ao Blog do Ramiro ( isto é para aqueles que nunca lá foram, e perceberão porque digo isto). Prometi a mim mesmo que agora vou andar com a minha máquina fotográfica e tirar algumas fotografias dos caminhos e das paisagens da minha terra, e nem que seja só ao fim de semana, e vou colocá-las por aqui para que também fiquem a conhecer o meu meio ambiente assim como eu fico a conhecer o do Ramiro. Do Ramiro e não só, como também o do João Simas, e de muitos outros, que nos dão a conhecer o património natural, humano, construído, o cultural, etc... das suas terras.

2. A Becas (Engenheira Isabel Carvalho) - madrinha do meu filho -, e mais três colegas, para silenciar o "stress" do trabalho e o acompanhar dos filhos e dos maridos, resolveram dedicar-se ao artesanato e o resultado está aí: a primeira exposição dos seus trabalhos e o sucesso não fez cerimónias. Parabéns pela iniciativa e não tarde ainda me junto ao grupo para combater o "stress".

A "BECAS" E OS SEUS PAIS

O "QUINA", IRMÃO DA "BECAS" ANIMOU A EXPOSIÇÃO

3. A minha Catarina não quis ficar atrás nos direitos e regalias do irmão e toca também a inscrever-se como sócia da Biblioteca de Perosinho. Mas afinal é Pedroso ou Perosinho? Devem estar a questionar-se os que não são cá do burgo. É Perosinho. Uma freguesia vizinha que faz fronteira com Pedroso. Ainda cá não temos Biblioteca. Está prometida. Dizem que para o ano começam as obras, A ver vamos. O povo da terra agradece.

O JOÃO ACOMPANHA A SUA IRMÃ NA INSCRIÇÃO COMO SÓCIA

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

SOA A TROMBETA!


Numa das horas mais dramáticas da vida e da história do povo de Isarael, levanta-se a voz do profeta Isaías:
- “Sentinela, em que ponto vai a noite?”
-“Começa a romper a alva!” – respondia a sentinela.

Hoje a trombeta faz-se ressoar para nós e ai estamos nós: Porto, Coimbra, Viseu, Aveiro, Braga, Torres Novas... e a caminho Faro, Leiria, Portimão ... ATÉ LISBOA.

Mais e mais e mais... muitos poucos ou poucos muitos... lá vamos... os nossos caminhos visam no horizonte um objectivo: CAMINHO que faz união, UNIÃO que faz a força, FORÇA que faz comunhão, COMUNHÃO que anuncia a vitória... e os nossos caminhos são caminhos de montanha...

GIRANDO O MAPA DO MUNDO

Manifestações na África do Sul contra vídeo racista

O LADO NEGRO DA EDUCAÇÃO
Quatro estudantes brancos da Universidade do Estado Livre, em Orange, fizeram um vídeo onde forçavam contínuos negros a comer uma mistura de comida de cão e urina. Filmado há mais de um ano, só apareceu esta semana. Dois dos alunos foram suspensos. Os restantes - que já não estudam na Universidade - vão ser processados

CUBA: VIRAR DA PÁGINA? (II)

NAÇÕES UNIDAS - Cuba assinou na quinta-feira dois tratados de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que durante três décadas foram sendo rejeitados pelo agora "aposentado" Fidel Castro.

Será um "primeiro passo na direcção certa" por parte do novo governo cubano, dirigido por Raul Castro? A ver vamos!

Um próximo passo deveria ser libertar presos políticos.
Críticos dizem que há mais de 200 dissidentes presos na ilha, que Cuba qualifica de "mercenários" a soldo de Washington. O tratado da ONU sobre os direitos civis e políticos protege a liberdade de expressão e associação e o direito de votar em eleições, mas não menciona o direito de viver numa democracia pluripartidária, o que Cuba não é.

Mais notícias aqui.

ACORDO ORTOGRÁFICO

"Temos de acabar com a ideia de que somos os donos da língua. Os donos da língua são quem a fala, melhor ou pior."

É "a guerra do Alecrim e da Manjerona." É assim que Saramago classifica o impasse à volta do acordo ortográfico, considerando que a situação se tornou "caricata."

"Estiveram à mesa das negociações, discutiu-se o problema, chegou-se a um acordo e assinou-se. E depois não se cumpre, como noutras coisas no nosso país", afirmou Saramago em entrevista à Lusa.

Considerando não ter "autoridade para defender um ponto de vista ou outro" sobre a matéria, rejeitou concepções "puristas" em torno da língua, recordando que "a grande reforma foi em 1911, quando acabaram as consoantes duplas".

"Gosto da minha língua tal qual a escrevo mas não posso impor a 150 milhões de pessoas os meus gostos pessoais. Mas recordo que aprendi a escrever mãe com 'e', depois mandaram-se escrever com 'i' e depois voltaram a mandar escrever com 'e', quando a mãe era sempre a mesma".

PARA REFLECTIR:
Escritores consideram acordo ortográfico dispensável.
Ministro luso rejeita moratória para acordo ortográfico.
Acordo ortográfico não é necessário segundo Mia Couto.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

2008 - ANO INTERNACIONAL DAS LÍNGUAS

« Le premier instrument du génie d'un peuple est sa langue », diz o escritor francês Stendhal.

Cultura, integração social, comunicação, alfabetização... tudo passa pela Língua; é ela que incarna, com autenticidade, a identidade de cada nacionalidade e as suas riquezas culturais. Dizem os especialistas que, daqui a algumas gerações, mais de metade das 7 000 línguas faladas em todo o mundo correm o risco de desaparecer, na medida em vão deixando de ter expressão na educação e na comunicação nos seus territórios maternos.

Foi por isso que as Nações Unidas declararam o ano de 2008 como o Ano Internacional das Línguas.

A propósito, via "Terrear": O Clube da Língua Materna da Escola Secundária de Gondomar realiza nesta sexta-feira um vasto programa aberto a todas as escolas do concelho de Gondomar , no auditório Municipal. Também lá estarei - informa Matias Alves - para conversar (e contar) umas histórias sobre a Comunicação na Escola. Um primeiro encontro concelhio que faz das línguas motivo de festa, identidade, comunicação.

ADENDA: Ver Programa aqui.

ADENDA: (15:50): Matias Alves sobre a actividade da Escola Secundária de Gondomar:
Merecem os parabéns:
i) porque os organizadores fizerem este evento de livre vontade;
ii) porque congregaram muitas instituições e vontades;
iii) porque estabeleceram muitas pontes e sinergias;
iv) porque praticaram uma acção lúcida, inteligente e dignificante.Contra a lógica dominante da papelada, do faz-de-conta. E de forma inteiramente gratuita (que pouco ou nada conta para as grelhas do ECD)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

PASSAR A PALAVRA

Mensagem via Tempo de Teia... estendam a teia levando os fios mais longe...

Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino

Caros colegas

A projecção mediática do nosso movimento e da associação que decidimos constituir já nos deu uma pequena, mas significativa, vitória: organizações como a Associação Nacional de Professores, que têm estado tradicionalmente ausentes dos combates socioprofissionais dos professores e da confrontação com o Ministério, começam agora a aderir à movimentação nacional que se está a erguer contra estas políticas educativas pautadas pelo desprezo em relação a todos nós, aqueles sem os quais a escola não consegue funcionar. A referida Associação Nacional de Professores acaba de anunciar a adesão à manifestação do dia 8.
Somos, portanto, a pedra que fez agitar o charco de inércia e de impotência em que nos julgávamos mergulhados. Amanhã, eu e o Francisco Trindade iremos ser entrevistados para o telejornal da RTP, à entrada do Registo Nacional de Pessoas Colectivas onde iremos registar o nome da nossa associação: Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino. O sonho passará a ser uma realidade. E os nossos trabalhos, que são muitos, irão também principiar. Contamos com o vosso empenhamento.

Mário Machaqueiro

ELOGIO DA ALEGRIA

E deixem-nos soltar flores
E barquinhos
E papagaios de papel.

E deixem-nos saltar à corda,
Jogar à bola de trapos
E ao Peão

E deixem-nos cantar
Andar às cavalitas
E rebolar pelo chão.

"Era uma vez um rei e uma rainha cuja felicidade aumentou com o nascimento do príncipe herdeiro. Todavia aquela ventura enevoou-se depressa. Passavam dias, meses, um ano, e o bebé real não sorria. Quanto mais o cercavam de mimos e luxos, tanto mais o botãozinho fechava.

Os reis, desesperados, ofereciam fortunas a quem o fizesse sorrir. Vieram palhaços, mágicos, bobos das cortes vizinhas, fabricantes de brinquedos fabulosos, mas nada conseguia abrir os lábios do menino tristonho. E a sua melancolia contagiava.

Um dia, para cúmulo, desapareceu. Como o seu gibão de veludo rolasse no chão rente aos portões do jardim, pensou-se num rapto. Soldados apressaram as buscas e os arautos já percorriam o reino.

Felizmente, o príncipe não andava longe. Num prado vizinho deram com ele, andrajoso e enlameado, brincando com miúdos da mesma idade. Soltavam barquinhos de papel num poceirão de água choca e o príncipe ria a bandeiras despregadas."

Abílio Pina Ribeiro

Reis e rainhas deste país, não nos tirem a alegria de ensinar. Nas nos fechem em gabinetes com coisas inúteis. Deixem-nos andar fora de gabinetes; deixem-nos estar nas salas que realmente valem a pena; nas salas onde estão aqueles que são a nossa missão e que são o “lado mais bonito da educação e das escolas... O centro de tudo!”(3za) Deixem-nos estar nas salas de aula fora das escolas, no palco da vida. Precisam de nós lá. Sim, de todos nós. Poucos muitos ou muitos poucos. Mas o importante é que estejamos lá... É aí que somos felizes e fazemos os outros felizes. Deixem-nos sujar, enlamear, suar com os miúdos da mesma idade – sim, somos da mesma idade, daquela idade que todos sabemos: do sonho, da ilusão, da alegria, da ingenuidade, do risco, da confiança, do acreditar… E deixem-nos soltar flores e barquinhos e papagaios de papel.

P.S. Não pensemos que temos de viver apenas para promover o desenvolvimento e a felicidade dos nossos alunos. A nossa felicidade de professores ajuda, não dificulta, a felicidade dos alunos.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

FORÇA MALTA JOVEM (II)


“Temos de ser menos consumistas, reciclar, apostar nas energias alternativas e estar mais atentos ao meio ambiente”

Sete estudantes portugueses passaram duas semanas na Antárctica integrados na expedição canadiana Students on Ice. Agora recordam como foi a experiência. A revista Educare "lançou-lhes" algumas perguntas após o seu regresso. Ver entrevista aqui.

POBREZA E ABANDONO ESCOLAR (II)

Comentário deixado por ÉMY em entrada anterior com o mesmo título:

É triste e motivo de "vergonha" quando vemos o nosso país aparecer nas primeiras posições dos rankings europeus sempre pelos piores motivos... é especialmente triste quando os dados em análise se referem às nossas crianças, que são quem mais precisa de protecção e toda a nossa atenção.É este o retrato da nossa sociedade, não só da pobreza social e da desestruturação familiar, mas muito especialmente da pobreza de "mentalidade" que abunda no país.

Quantas vezes nos deparamos com "famílias" que nada fazem para além de receber os subsídios do estado para alimentar os seus vícios... vícios comuns a quem nada faz e nada tem para dar... e que estão tão ocupados nesses seus vícios que esquecem e negligenciam o que de mais precioso têm... os seus filhos.

Está na hora de mudarmos mentalidades, não de alimentarmos mendicidades!

Está na hora dos governantes deste país investirem na educação social e cívica de uma forma bastante incisiva e deixar de lado as "dádivas" que em nada ajudam quem as recebe, mas apenas os torna mais inúteis e fúteis.

Ajudem as famílias a mudar a sua mentalidade e postura perante a sociedade e em especial perante as necessidades dos seus filhos.

Para além disso, se se preocupam com as nossas crianças, criem mais creches e infantários e dêem melhores condições aos já existentes, para que possam prestar um serviço de qualidade a quem mais precisa e merece... para que possamos sonhar com um futuro melhor, de portugueses conscientes dos seus direitos e deveres em sociedade... uma sociedade de gente com rumo, cidadãos plenos de objectivos e empenho pessoal e social.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

SINAIS DOS TEMPOS!

Parece mentira... Hoje... Ameaça de bomba NUMA ESCOLA.... e PERTUBAÇÃO da vida dos alunos...
"Tive crianças comigo deveras perturbadas hoje. Sinais dos tempos: estas crianças vêem muita televisão... começam a aperceber-se cedo dos cinzentos riscos do mundo. Inocência perdida..." diz a professora Teresa (3za) em comentário ao seu próprio texto no seu Blog Tempo de Teia.

POBREZA E ABANDONO ESCOLAR


É duro, dói, mas ai está mais uma radiografia do nosso país: Relatório da Comissão Europeia diz que Portugal é o segundo país da UE onde o risco de pobreza infantil é maior. A subida do desemprego, o baixo nível de vida e a elevada taxa de abandono escolar são factores que explicam aquele retrato negro. Uma em cada cinco crianças portuguesas está exposta ao risco de pobreza, o que faz de Portugal o País da União Europeia, a seguir à Polónia, onde as crianças são mais pobres ou correm maior risco de cair nessa situação. "Muitas crianças apenas se alimentam com o que lhes é servido nas instituições de solidariedade social, nem sequer tomam pequeno-almoço em casa", disse Isabel Jonet.

O abandono escolar é outro factor incontornável para medir o risco de exposição infantil à pobreza, sabendo-se que os desníveis nas qualificações são a causa fulcral das desigualdades sociais. A este respeito, Portugal também está numa posição preocupante: a percentagem de jovens até os 24 anos com baixa educação secundária era de 39% em 2006 (ano lectivo de 2004-2005), a segunda pior de toda a União Europeia, a seguir a Malta. A taxa de abandono escolar baixou entretanto para valores da ordem dos 35%, mas, ainda assim, Portugal continua, neste campo, na cauda da União Europeia.

TEMA DESENVOLVIDO EM DNOnline e CORREIO DA MANHÃ

SEMANA DA LEITURA

VIA CONFAP: O Plano Nacional de Leitura (PNL) promove a Semana de Leitura, de 3 a 7 de Março, com o objectivo de criar na escola um ambiente particularmente festivo à volta dos livros que reforce a adesão dos alunos e o desejo de ler mais.

As actividades poderão ser leituras de prosa ou poesia, dramatizações, concursos, jogos e outras actividades lúdicas, decoração da sala de aula e/ou de outros espaços da escola, etc.
Para valorizar o esforço de promoção da leitura aos olhos de crianças e adultos e para criar um elemento de agradável novidade na vida da escola, é oportuno convidar pais, familiares, ou personalidades de prestígio na comunidade, como por exemplo autarcas, artistas, empresários, jornalistas, autores, etc.Conforme a adesão e a disponibilidade dos professores e dos convidados, as escolas, incluindo as AP’s, podem participar na Semana da Leitura realizando:

• actividades nas salas de aulas (abrangendo todas ou só com algumas turmas e eventualmente convidados) e nos ATL’s;
• uma ou várias actividades colectivas (envolvendo várias turmas, professores, funcionários e convidados).

domingo, 24 de fevereiro de 2008

QUANDO SE ANDA SEM RUMO!

Via “Tempo de Teia”, acabei de ler uma reflexão de Fernando Cortes Real da qual "roubei" o último parágrafo:


"Talvez um dia, livremente, se ensine nas escolas não só o que foram os anos negros desta longa legislatura, mas, também e sobretudo, se aprenda como ela foi democraticamente desalojada do poder, para que em política se não volte a cometer estes mesmos grosseiros erros e não se repitam estas ofensivas derivas autocráticas que à democracia fazem figas e à cidadania dizem não."


Desalojada ou comida pelo tubarão como naquela história do Cavalo Marinho? Não sabem? Eu deixo-a aqui:
Era uma vez um Cavalo Marinho que juntou sete libras de ouro e foi à aventura pelo mundo fora. Pouco depois de partir encontrou uma enguia que lhe perguntou:
- Eh! Pá! Onde vais?
- Vou em busca de aventuras – respondeu orgulhosamente o Cavalo Marinho.
Em breve encontrou uma Esponja que lhe disse:
Eh! Pá! Onde vais?
- Vou em busca de aventuras – replicou o Cavalo Marinho.
- Tens sorte – disse a Esponja – por pouco dinheiro dou-te esta mota a jacto e tu viajarás mais depressa.
O Cavalo Marinho comprou a mota com o restante dinheiro e atravessou sete mares cinco vezes mais depressa. Em breve encontrou um Tubarão que lhe disse:
- Eh! Pá! Onde vais?
- Vou em busca de aventuras – respondeu o Cavalo Marinho.
- Tens sorte, se tomares este atalho – disse o Tubarão, apontando a sua boca aberta – pouparás imenso tempo.
- Obrigadinho! – disse o Cavalo Marinho e enfiou-se rapidamente na boca do Tubarão.

Robert Mager (adaptação)

Acabou mal o Cavalinho... por sua culpa. Erros grosseiros porque se andou sem rumo. Nas palavras de Séneca: “Não há ventos favoráveis para os que não sabem para onde vão.”